Tendências do varejo: novidades que você precisa saber

As maiores tendências para o varejo são: integração entre canais, varejo híbrido, varejo omnichannel, soluções antifraude, segurança de dados, jornada de compra simplificada com IA, exclusividade e personalização de dados.
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Principais tópicos

O varejo é um setor em constante atualização, por isso saber as tendências do varejo é algo primordial.

Afinal, grande parte das inovações tecnológicas são impulsionadas pelos varejistas, que estão sempre em busca de novidades para atrair mais clientes, melhorar o atendimento e aumentar as vendas.

Por isso, todo ano as novas tendências do varejo, refletem em mudanças tecnologicas e novos hábitos de consumo do público-alvo.

No cenário atual, a transformação digital já é uma realidade e trouxe uma série de mudanças, como o surgimento de novos canais de vendas, a integração entre eles e a ação da inteligência artificial na sua gestão.

Para além da tecnologia, muito se fala na atenção dos consumidores às ações de sustentabilidade das marcas e na sua preocupação com a economia circular.

Neste artigo, vamos conhecer todas essas tendências do varejo e analisar como aplicar no seu negócio. Acompanhe!

O que é varejo? Entenda como funciona

Varejo é um setor do comércio destinado a vendas de produtos e serviços diretamente para o consumidor final.

De maneira geral, quem compra é a mesma pessoa que utiliza o produto ou serviço. Supermercados, lojas de conveniência e marketplaces na internet são alguns exemplos de varejistas.

Essa venda pode ocorrer do fabricante para o consumidor ou por meio de uma empresa intermediária, que compra do fornecedor e revende para o cliente final.

Uma fábrica de roupas, por exemplo, pode ter a sua própria loja para vender ao cliente final, mas também vender seus produtos em lojas multimarcas.

Outros aspectos também caracterizam o comércio varejista: como a venda é feita para o cliente final, geralmente a quantidade de produtos vendidos por comprador é pequena.

Por isso, o varejo também costuma ter preços mais altos.

Dessa forma, o varejo se diferencia do atacado, que se caracteriza pela venda em grandes quantidades para pessoas físicas ou jurídicas que revendem os produtos.

Com a venda em grande volume, os atacadistas conseguem praticar valores unitários mais baixos.

No Brasil, o varejo ocupa uma posição importante para a economia do país: o setor representa mais de 20% do PIB brasileiro.

Conforme a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), o varejo é o principal setor do país em número de empresas, sendo responsável por mais de 22 milhões de empregos e 80% das empresas ativas no país.

Já o e-commerce é um dos principais impulsionadores do varejo no Brasil.

Em 2023, o comércio eletrônico movimentou R$ 185.7 bilhões no país, o que representa um crescimento constante desde 2018, de acordo com dados da ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico).

Das lojas físicas ao e-commerce: evolução do varejo ao longo do tempo

Pequenos comércios, como um mercado na esquina, uma farmácia de bairro ou uma loja de calçados, existem há muito tempo.

Foi assim que surgiram os primeiros varejistas, geralmente com a venda de balcão: o cliente fazia seu pedido ao atendente, que buscava o produto no estoque.

Logo surgiram as lojas “self-service”: o próprio cliente pode circular pela loja, visualizar os produtos em vitrines e expositores, experimentá-los e colocá-los no carrinho ou na sacola.

Foi assim que nos acostumamos na maioria das lojas de rua, shopping e supermercados. Depois, é só chegar até o caixa e finalizar a compra, enquanto o atendente está lá apenas para auxiliar.

Mas a grande transformação que afetou os lojistas e que dita as tendências do varejo atual foi a internet.

A possibilidade de comprar produtos em um site e fazer pagamentos online revolucionou o varejo: para os consumidores, trouxe a praticidade de comprar sem sair de casa, enquanto os lojistas viram a oportunidade de ampliar o alcance das suas vendas.

Embora pareça que já fazemos compras pela internet há muito tempo, faz poucos anos que isso entrou nos nossos hábitos de consumo.

As primeiras lojas online surgiram na década de 1990, como a Amazon (1994) e o Ebay (1995), nos Estados Unidos, e o Submarino (1999) e a Americanas.com (1999), no Brasil.

No entanto, foi na década de 2000 que as lojas virtuais começaram a se popularizar, junto com a popularização da própria internet.

Sites de compras coletivas e de vendas de ingressos, por exemplo, ajudaram a tornar comum a ação de inserir dados de cartão de crédito em um site, o que ainda era uma grande insegurança para os consumidores.

Nos anos de 2010, aí sim, o e-commerce estourou. Comprar pela internet se tornou um hábito de consumo, muitas vezes mais comum do que ir até uma loja física.

Como o varejo anda lado a lado com a tecnologia, o surgimento dos smartphones foi outra inovação que impulsionou as compras online, ao permitir comprar de qualquer lugar.

Na internet, o varejo segue em constante evolução, com novos modelos de vendas como os marketplaces, que se multiplicaram nos últimos anos.

Apesar disso, lojas físicas, shopping e até as vendas de balcão se mantiveram e convivem hoje no mercado de varejo, como diferentes opções de canais de vendas.

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A seguir, vamos conhecer as principais tendências do varejo para orientar o seu negócio neste ano.

Comece a adaptar as suas estratégias para acompanhar as mudanças do mercado. Saiba agora quais são elas:

1. Customer centric

O consumidor está no centro. Todas as estratégias de varejo devem ser pensadas para atender às necessidades e interesses de quem compra da sua marca.

O foco não é a sua empresa, nem um público-alvo genérico — são as pessoas, cada uma com suas demandas.

Isso significa que você deve conhecer bem quem são seus clientes, como você deve se comunicar com eles e, como vamos ver mais adiante, como personalizar as estratégias para eles.

2. Integração entre canais de venda

Novos modelos e canais de vendas estão surgindo nos últimos anos. Muito se fala atualmente na força dos marketplaces, nas oportunidades de negócio com dropshipping, nas vendas pelo celular.

No entanto, as lojas físicas — seja de rua, seja de shopping — seguem sendo importantes para o consumo, muitas vezes como um showroom da loja ou simplesmente como um local para retirada de pedidos online.

Pensando nisso, nunca foi tão importante pensar na integração entre os diferentes canais de vendas.

O consumidor deve ter uma experiência unificada, de maneira que possa transitar entre diferentes meios e canais sem obstáculos. 

3. Varejo híbrido

A fronteira entre online e offline é cada vez mais fluida. No dia a dia, estamos conectados a todo momento.

Por isso, do ponto de vista do consumidor, a loja é sempre a mesma, esteja ele comprando na loja física, na loja virtual, no marketplace, no celular ou outros canais.

Dessa forma, uma das tendências do varejo é o hibridismo: a fusão entre as vendas online e offline para criar uma experiência phygital.

Na prática, isso exige a integração das operações logísticas por meio de ferramentas de gestão, sempre com foco na experiência do consumidor.

4. Varejo omnichannel

O conceito de omnichannel se refere à integração entre as operações de vendas das empresas para criar uma experiência coesa para o cliente.

Já faz alguns anos que vem sendo apontado entre as principais tendências do varejo, mas agora vem se concretizando nas estratégias das empresas.

Então, integre as informações dos clientes, os dados de vendas e estoque, a comunicação da loja e, assim, faça com que o cliente circule sem dificuldades entre diferentes canais.

5. Soluções antifraude

A preocupação com a segurança digital já tem alguns anos. No entanto, durante o período de pandemia, os crimes cibernéticos se multiplicaram, aproveitando um momento de vulnerabilidade das pessoas.

Dessa forma, o desenvolvimento de soluções antifraude, possivelmente utilizando tecnologias de inteligência artificial e análises preditivas de dados, torna-se uma tendência do varejo.

É preciso proteger os dados dos clientes e as transações do comércio, cada vez em maior quantidade.

6. Segurança de dados

A Lei Geral de Proteção de Dados já é uma realidade e movimentou as empresas para que se adaptassem às novas regras.

Com o surgimento constante de novas tecnologias, é sempre importante manter atualizadas as políticas de segurança de dados, de maneira que a loja e os seus clientes estejam seguros para fazer as transações.

7. Tecnologias de pagamento

Tecnologias de pagamento também estão sempre lançando inovações.

No Brasil, o sucesso do PIX demandou das lojas e intermediadores de pagamento que incluíssem essa possibilidade nas vendas.

Agora, acompanhe também as novas tecnologias que estão surgindo nas tendências do varejo, como o uso da estrutura de blockchain, da personalização da experiência de pagamento e do conceito de contactless nas compras presenciais, que podem transformar esse mercado.

8. Varejo frictionless

O conceito de varejo frictionless se refere a uma experiência de compra livre de atritos, ou seja, sem dificuldades e obstáculos para o consumidor.

Sua missão é facilitar a jornada de compra do cliente, de acordo com as preferências dele, independentemente dos canais que utilizar.

A possibilidade de fazer pagamentos direto do provador, de escolher e fechar compras em um totem ou de retirar pedidos online sem precisar de um atendente na loja física são alguns exemplos de tecnologias para o varejo frictionless.

9. Jornada simplificada com IA

A jornada de compra do cliente deve ser simples e ágil, sem atritos e incômodos.

Nesse sentido, as tecnologias de inteligência artificial e machine learning podem colaborar para uma melhor experiência, desde a otimização de processos internos até a personalização da compra.

Vitrines personalizadas, por exemplo, oferecem recomendações de compras baseadas nos dados dos clientes armazenados pelos lojistas.

Dessa forma, o consumidor vai direto ao ponto e não perde tempo em um enorme catálogo de produtos.

10. IA e análise de dados na tomada de decisão

A inteligência artificial vai ser cada vez mais presente na gestão das empresas.

No varejo, existe uma infinidade de dados sobre os clientes que podem ser usados para conhecer melhor o público e analisar o mercado.

Dessa forma, as decisões estratégicas se tornam mais precisas, alinhadas à realidade do mercado, capazes de antecipar movimentos, aproveitar oportunidades e proteger de ameaças.

11. Personalização em foco

Por meio dos dados e do BI (business intelligence), é possível criar experiências personalizadas no varejo.

Já existem ferramentas para recomendar produtos específicos para cada cliente, sugerir meios de pagamento preferidos, gravar dados do histórico de pagamento e navegação, entre outras ações.

Personalização vem cada vez mais forte nas tendências do varejo.

12. Exclusividade

Personalização não é suficiente — as pessoas também querem exclusividade.

Desenvolver estratégias para criar produtos exclusivos para os clientes, que expressem sua personalidade e criatividade, pode ser uma boa forma de diferenciar sua loja em relação aos concorrentes.

Para isso, é preciso conhecer bem as pessoas, trabalhar com dados sobre elas e deixar que participem do processo de criação e montagem do produto. Dessa forma, você também se aproxima delas.

13. Retail Media Networks (RMNs)

Retail Media Networks (RMNs) são “redes de mídia de varejo”, um modelo de publicidade cada vez mais utilizado pelos grandes varejistas.

Trata-se da venda de espaço de mídia dentro das lojas e marketplaces para anunciantes, utilizando-se dos dados primários (independentes de ferramentas de terceiros) que eles possuem sobre seus clientes.

A Amazon, por exemplo, já criou a sua RMN por meio do Amazon Ads, que disponibiliza mídias de publicidade dentro dos seus canais de venda.

Pode ser um modelo que comece a se popularizar não apenas entre os gigantes, mas também entre pequenos e médios lojistas.

14. Chatbots interativos

Chatbots estão em constante desenvolvimento para aprimorar as interações com os consumidores.

As pessoas querem a agilidade que os robôs podem oferecer, mas também querem qualidade e eficiência no atendimento.

Nesse sentido, as ferramentas têm aprimorado o uso de IA e machine learning nos chatbots interativos, inclusive para ajudar as pessoas a encontrar ofertas relevantes, a fim de facilitar sua jornada.

15. Live commerce

O live commerce ganhou um impulso durante a pandemia, quando as compras presenciais estavam restritas.

A fim de promover uma humanização nas vendas online, muitas marcas apostaram nas vendas ao vivo pela internet, que se tornaram cada vez mais populares.

Esse modelo de vendas ainda tem muito a crescer e pode servir também para o seu e-commerce, em plataformas como o Instagram e o YouTube.

16. Quick commerce

Compras e entregas cada vez mais rápidas — essa é a exigência do consumidor atual.

O quick commerce se refere a essa rapidez, de maneira que o cliente cumpra o menor tempo possível entre a escolha dos produtos na loja até a sua entrega ou retirada.

Por isso, adote novas estratégias para acelerar a compra e entregar o pedido no mesmo dia ou até em poucas horas.

Inovações na logística, assim como na gestão do estoque, com o uso de automação, robótica e IA, podem ser necessárias para isso.

17. Social commerce

Redes sociais já estão consolidadas no dia a dia dos consumidores, inclusive como canais para se informar sobre produtos, acompanhar novidades das marcas e comprar nas lojas.

Por isso, o social commerce oferece uma grande oportunidade para transformar seguidores em compradores, que tendem a ser clientes fiéis, pois já vêm engajados das redes sociais.

18. Pop-up stores

Pop-up stores são lojas físicas temporárias.

Elas podem ser usadas para promover uma experiência diferenciada com uma marca, lançar novos produtos, testar um novo mercado, participar de eventos ou vender em períodos especiais.

As pop-up stores da Shein, por exemplo, ajudam a tangibilizar seu conceito de moda acessível e a popularizar a marca no Brasil.

19. Metaverso

Metaverso ainda é um conceito distante da realidade da maioria dos consumidores, mas tende a se tornar mais próximo.

Estratégias de interatividade com as marcas, como a experiência de comprar no metaverso, experimentar produtos ou ganhar pontos para serem usados nas lojas físicas e virtuais, são algumas oportunidades. Comece a acompanhar as possibilidades.

20. Marketplaces

Marketplaces já estão consolidados no universo do e-commerce mundial e brasileiro.

No ranking da SBVC, Mercado Livre, Americanas, Magazine Luiza, Via e Amazon são os principais marketplaces do Brasil.

Grandes varejistas aproveitam esse modelo para ampliar suas vendas e se conectar com lojistas parceiros locais, como é o caso da Amazon e da Shopee, por exemplo.

Para pequenos e médios lojistas, é a oportunidade de alcançar mais pessoas e vender mais. Já para os consumidores, é sinônimo de conveniência, variedade e segurança para as compras. 

21. Voice commerce

O voice commerce tem um grande potencial para os próximos anos.

Com o crescimento no uso de smart speakers, que usam assistentes de voz como a Alexa e a Siri, a tendência é que muitas compras passem a ser feitas por meio deles.

Lojistas como a Amazon, a Magazine Luiza e o iFood já estão integrados a essas ferramentas e já estão vendendo por comandos de voz.

22. Clubes de assinatura

No Brasil, já existem os mais diversos clubes de assinatura, como de livros, vinhos, cervejas, produtos para pets, maquiagem e muito mais.

Esse modelo de negócios oferece conveniência e variedade para clientes que tem grande interesse naquele produto, além de uma pitada de surpresa e curiosidade que incentiva a fidelidade ao negócio.

Pense se esse modelo também serve para você!

23. Marketing holístico

Entre as tendências do varejo, preste atenção também no marketing holístico.

É um conceito que vai muito além de criar estratégias para divulgar e vender produtos, mas associar isso a uma imagem de marca alinhada a valores e causas que os clientes valorizem.

O público está cada vez mais preocupado com os bastidores das empresas, como tratam seus colaboradores e o que fazem pelo mundo.

Portanto, o marketing holístico está associado ao ESG, que deve traçar estratégias empresariais de governança ambiental, social e corporativa.

24. Economia circular

Aliado à sustentabilidade, o conceito de economia circular também é uma preocupação para muitos consumidores.

Eles esperam que as empresas se comprometam com o meio ambiente, por meio da otimização de processos internos e uso de recursos.

Planejar a destinação correta dos seus produtos quando são descartados, criar produtos mais duráveis e utilizar matérias-primas com responsabilidade são algumas ações importantes. 

25. Preferência por produtos locais

A preocupação com o futuro do planeta também se reflete na priorização dos consumidores pelo comércio local.

Muitos clientes querem incentivar o desenvolvimento econômico da sua região, comprando de marcas e lojas locais.

Muitas vezes, eles competem por preço com grandes varejistas, principalmente do exterior, mas está aí uma grande oportunidade de se aproximar do público que está próximo do seu negócio, com apelo de autenticidade e qualidade que muitos produtos de grandes varejistas não oferecem.

26. Transparência por parte das empresas

Ninguém quer se relacionar com pessoas que escondem o que fazem e não transmitem confiança.

O mesmo vale para a relação entre marcas e consumidores: eles querem saber como são os bastidores do negócio e como é a realidade dos seus colaboradores.

Muitas vezes, as marcas propagam um discurso de responsabilidade socioambiental que não se confirma na realidade. Por isso, é fundamental ter comprometimento e transparência nas suas ações. 

E o futuro do varejo? Especulações do que vem por aí

Muito se especula sobre o futuro do varejo, principalmente com tecnologias emergentes como blockchain, que pode revolucionar os pagamentos online; realidade virtual, que permite experiências diferenciadas entre marcas e consumidores; e robótica, para que robôs atuem na logística de estoque, embalagem e separação de pedidos.

Essas tecnologias já existem e já são usadas, principalmente por grandes marcas e varejistas, embora ainda estejam distantes dos pequenos lojistas.

Mas é importante se atentar para essas tecnologias que prometem entrar aos poucos na realidade do varejo.

Agora, comece a se preparar para as tendências do varejo.

Independentemente se você criou uma loja virtual, vende em marketplaces ou tem uma loja física, as estratégias de marketing e vendas devem estar sempre alinhadas às mudanças de tecnologia e comportamento do consumidor que as tendências apontam.

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