O Que é RPA: como emitir e quem pode usar o recibo de pagamento autônomo

RPA é a silgla para Recibo de Pagamento Autônomo. Trata-se de um termo utilizado no Brasil para se referir aos recibos de pagamentos por serviços prestados emitidos por trabalhadores autônomos. Dessa forma, o RPA é basicamente um tipo de contrato de prestação de serviços em que o trabalhador autônomo emite um recibo para comprovar que realizou um serviço para uma empresa ou cliente.
a imagem mostra uma mão feminina pedindo a assinatura em um recibo de pagamento autônomo RPA

Principais tópicos

Muitas empresas acabam caindo em um mesmo problema com certa frequência: precisam contratar algum serviço pontual, mas o prestador do serviço não possui CNPJ, e sendo assim, não consegue emitir nota fiscal.

O que fazer nessss situações?

Como uma loja física pode realizar seus registros contábeis, realizar os pagamentos e manter tudo em ordem, documentado e com segurança?

Para casos como este, existe o Recibo de Pagamento Autônomo, também conhecido por sua sigla RPA.

Neste texto iremos tratar sobre o que significa RPA, qual sua importância, quem pode utilizá-la, como emitir RPA em um passo a passo simples, e responder às dúvidas mais frequentes sobre o assunto.

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O que significa RPA e como funciona?

RPA é um termo utilizado no Brasil para se referir aos recibos de pagamentos por serviços prestados emitidos por trabalhadores autônomos.

Dessa forma, o RPA é basicamente um tipo de contrato de prestação de serviços em que o trabalhador autônomo emite um recibo para comprovar que realizou um serviço para uma empresa ou cliente.

Esse recibo pode ser usado como comprovante de pagamento e também como documento para fins contábeis e fiscais.

No Brasil, o RPA é uma forma legalmente reconhecida de contratação de serviços por empresas que precisam de trabalhadores autônomos para realizar tarefas específicas.

Geralmente, o trabalhador autônomo emite o RPA com informações como o valor do serviço prestado, a data, a descrição do serviço e seus dados pessoais e de identificação.

O funcionamento do RPA é relativamente simples: após realizar o serviço para o qual foi contratado, a empresa ou contratante gera o documento e o trabalhador autônomo emite o recibo de pagamento autônomo para o cliente.

Esse documento é então utilizado para comprovar a prestação do serviço e que o pagamento foi devidamente realizado.

Qual é a importância do RPA?

De forma simplificada, o RPA garante que o profissional autônomo receba pelo serviço prestado de forma legalizada, evitando problemas fiscais e trabalhistas.

Além disso, proporciona transparência na relação entre contratante e contratado.

Dessa forma, tem um papel importante tanto para os trabalhadores autônomos quanto para as empresas contratantes.

De forma mais detalhada, os mais importantes papéis prestados pelo RPA são:

  • Comprovação da prestação de serviços: o RPA é um documento legalmente reconhecido que comprova que um trabalhador autônomo prestou um serviço para uma empresa ou cliente. Ele contém informações detalhadas sobre o serviço realizado, incluindo valor, data e descrição do serviço.
  • Formalização da relação contratual: emitir um RPA formaliza a relação entre o trabalhador autônomo e a empresa contratante. Isso é importante para estabelecer os termos e condições do serviço prestado, ajudando a evitar mal-entendidos ou disputas futuras.
  • Regularização da atividade autônoma: o RPA ajuda na regularização da atividade autônoma, pois demonstra que o trabalhador está prestando serviços de forma legal e registrada. Isso é extremamente relevante para questões fiscais e trabalhistas.

  • Cumprimento das obrigações fiscais: tanto o trabalhador autônomo quanto a empresa contratante têm obrigações fiscais relacionadas aos serviços prestados e recebidos. O RPA fornece documentação necessária para o cumprimento dessas obrigações, incluindo declarações de imposto de renda e recolhimento de outros tipos de impostos.

  • Registro contábil: o RPA é uma parte importante dos registros contábeis tanto para o trabalhador autônomo quanto para a empresa contratante. Ele documenta os pagamentos realizados e recebidos por serviços prestados, contribuindo para a transparência e a organização financeira.

  • Proteção legal: o RPA pode servir como evidência em caso de disputas legais ou trabalhistas relacionadas aos serviços prestados. Ele ajuda a garantir que ambas as partes tenham documentação adequada para respaldar seus direitos e obrigações.

💡 Dica do especialista: É importante destacar que o RPA tem implicações legais e fiscais, tanto para o trabalhador autônomo quanto para a empresa contratante. O trabalhador autônomo deve declarar os valores recebidos por meio do RPA em sua declaração de imposto de renda, enquanto a empresa contratante deve estar ciente das responsabilidades legais relacionadas à contratação de serviços por meio desse tipo de documento.

O que é uma contratação RPA?

Uma contratação RPA refere-se ao processo pelo qual uma empresa ou pessoa física contrata os serviços de um trabalhador autônomo e registra essa contratação através do fornecimento de um Recibo de Pagamento Autônomo.

Essa forma de contratação é comum em situações em que uma empresa precisa de serviços temporários ou especializados e opta por contratar um trabalhador autônomo em vez de um funcionário regular.

A seguir, vamos explicar com mais detalhes quem deve emitir o RPA, quais são os documentos necessários e um passo a passo para sua emissão, de forma a facilitar este processo para você e sua empresa.

Quem deve emitir o RPA?

A responsabilidade pela emissão do Recibo de Pagamento Autônomo (RPA) varia de acordo com a legislação e as práticas específicas de cada país ou região.

Em alguns casos, o RPA pode ser emitido pelo próprio trabalhador autônomo, enquanto em outros casos, pode ser emitido pela empresa contratante.

No Brasil, o mais comum é que o RPA seja emitido pela empresa contratante.

No entanto, em alguns casos específicos relacionados a formalização do prestador do serviço, ele próprio pode ser responsável pela emissão do RPA.

Dessa forma, é importante verificar a legislação e as práticas locais para determinar quem é responsável pela emissão do RPA caso você esteja lidando com algum caso muito específico.

Documentos necessários para emitir RPA

Alguns documentos são necessários ao se emitir uma RPA.

Para facilitar que você solicite e reúna todos eles, vaso separá-los em blocos de acordo com o prestador e o contratante, que pode ser uma empresa ou pessoa física.

Para o prestador de serviço (Pessoa Física):

  • Nome completo;
  • CPF;
  • Endereço completo;
  • Número do telefone;
  • E-mail;
  • Inscrição no INSS (se houver).

Para o contratante (Pessoa Física ou Jurídica):

Dados Pessoais (Pessoa Física):

  • Nome completo;
  • CPF;
  • Endereço completo;
  • Número do telefone;
  • E-mail.

Dados da Empresa (Pessoa Jurídica):

  • Razão social;
  • CNPJ;
  • Endereço completo;
  • Número do telefone;
  • E-mail.

Como fazer um Recibo de Pagamento Autônomo?

Fazer ou emitir um RPA é na verdade bem simples, ainda mais após já ter todos os dados que listamos acima reunidos.

Primeiramente, você consegue obter um modelo pré-pronto, o que já facilita (e muito) o processo.

Estes modelos de RPA estão disponíveis na maioria das papelarias, e há também alguns modelos online que você pode obter com facilidade.

Com seu modelo em mãos, vamos começar a preencher os dados:

1. Nome ou Razão Social e CNPJ da Fonte Pagadora

Comece identificando a empresa ou pessoa física que está contratando o serviço do profissional autônomo.

Inclua o nome ou razão social da empresa e seu CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica). Essa informação é fundamental para identificar a fonte pagadora.

2. Dados do Profissional Autônomo

Em seguida, é necessário fornecer os dados do profissional autônomo que está prestando o serviço. Inclua o nome completo e o CPF (Cadastro de Pessoa Física) do profissional.

Além disso, é importante informar o número de inscrição no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), garantindo também a regularidade previdenciária do prestador do serviço em questão.

3. Dados Detalhados sobre o Pagamento do Serviço Prestado

Ao preencher e emitir o RPA, é essencial fornecer informações detalhadas sobre o pagamento do serviço prestado. Isso inclui o valor bruto do serviço, ou seja, o montante total acordado entre as partes.

Além disso, é necessário calcular e informar o valor líquido, após a dedução dos descontos obrigatórios, como imposto de renda retido na fonte (IRRF), Imposto sobre Serviços (ISS) e contribuição previdenciária (INSS).

Caso você tenha dúvidas sobre os impostos a serem pagou ou como deduzi-los no recibo, não se preocupe, trataremo disso nas próximas seções, para que você consiga emitir o RPA sem grandes dificuldades.

4. Nome e Assinatura do Responsável pela Fonte Pagadora

Para validar o RPA, é imprescindível que o documento contenha o nome e a assinatura do responsável pela fonte pagadora.

Em geral, esse responsável é um representante da empresa contratante.

A assinatura confirma a veracidade das informações prestadas e a concordância com os termos do pagamento.

5. Descontos – IRRF, ISS, INSS

Por fim, como já mencionamos acima, é necessário detalhar os descontos realizados sobre o valor bruto do serviço.

Esses descontos são obrigatórios e devem ser calculados de acordo com a legislação vigente.

Ao seguir essas orientações e incluir todas as informações necessárias, você estará apto a emitir um RPA de forma correta e transparente, garantindo a conformidade legal da transação.

Lembre-se sempre de consultar um contador ou especialista em questões tributárias para esclarecer dúvidas e garantir o cumprimento das obrigações fiscais.

Quais os Profissionais que Podem Emitir RPA?

Todos os profissionais autônomos e liberais podem emitir um RPA, incluindo dentistas, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, arquitetos e engenheiros, desde que sigam as regras estabelecidas.

Quais Impostos Incidem Sobre o RPA?

Citamos acima que ao final da emissão do RPA, é necessário detalhar os descontos dos impostos.

Agora, iremos explicar um pouco melhor sobre cada um deles para que não fique nenhuma dúvida em relação às tributações necessárias ao se emitir este tipo de recibo.

Os principais impostos que incidem sobre o RPA são o INSS, o IRPF e o ISS, dependendo da legislação municipal.

Vamos abaixo explicar um pouco sobre a necessidade e a importância do pagamento de cada um destes impostos:

  • INSS (Instituto Nacional do Seguro Social): é uma contribuição obrigatória dos trabalhadores, empresas e demais segurados para a previdência social no Brasil, financiando benefícios como aposentadoria, auxílio-doença e pensão por morte.

  • IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física): é um imposto aplicado sobre os rendimentos obtidos pelas pessoas físicas no Brasil, incluindo salários, aluguéis, investimentos, entre outros. O IRPF é calculado com base em uma tabela progressiva e descontos permitidos por lei.

  • ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza): é um imposto municipal brasileiro que incide sobre a prestação de serviços listados em uma legislação específica de cada município. Ele é devido pelo prestador de serviços e tem como objetivo financiar as atividades municipais.

Agora que você já sabe quais são os impostos que devem ser deduzidos ao se emitir um RPA, vamos entender melhor como fazer este cálculo de maneira correta.

Como fazer o cálculo do RPA?

Como você já deve ter notado, não há um valor ou uma porcentagem fixa para a tributação de um RPA.

Sendo assim, é necessário a realização de alguns cálculos para a determinação dos valores.

O cálculo do RPA envolve a determinação dos valores brutos e líquidos, levando em consideração os descontos de impostos como INSS, IRPF e ISS, conforme estabelecido pela legislação vigente.

Caso você não esteja familiarizado com os termos e tenha dificuldade no cálculo de impostos, pode pedir ajuda ao seu contador de confiança.

Porém, caso queira fazer o cálculo por conta própria, pode seguir o seguinte passo a passo:

  • Determine o valor do serviço: primeiro, é necessário determinar o valor total do serviço prestado pelo trabalhador autônomo. Isso pode ser acordado previamente entre o trabalhador autônomo e a empresa contratante com base no escopo do trabalho, horas trabalhadas, ou qualquer outro critério acordado.

  • Calcule o valor do Imposto de Renda (IRRF): o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) é calculado sobre o valor bruto do serviço prestado. O cálculo do IRRF é feito de acordo com a tabela progressiva vigente, que varia de acordo com o valor recebido e outras deduções permitidas por lei.

  • Subtraia o valor do IRRF do valor total do serviço: após calcular o valor do IRRF, subtraia esse valor do valor total do serviço. Isso resultará no valor líquido que será efetivamente pago ao trabalhador autônomo.

  • Calcule o valor da contribuição previdenciária (INSS): se aplicável, calcule a contribuição previdenciária (INSS) sobre o valor bruto do serviço prestado. O INSS é calculado com base na alíquota correspondente ao tipo de atividade realizada pelo trabalhador autônomo e ao valor do serviço.

  • Subtraia o valor do INSS do valor líquido do serviço: se houver contribuição previdenciária a ser paga, subtraia o valor do INSS do valor líquido do serviço. Isso resultará no valor final a ser pago ao trabalhador autônomo após deduções de impostos e contribuições previdenciárias.

  • Emita o RPA: com todos os cálculos feitos, emita o Recibo de Pagamento Autônomo contendo as informações necessárias, como o valor total do serviço, o valor do IRRF retido na fonte (se aplicável), o valor da contribuição previdenciária (se aplicável), e o valor líquido a ser pago ao trabalhador autônomo. Certifique-se de incluir todas as informações relevantes e cumprir com as exigências legais.

Lembre-se de que as alíquotas de imposto e contribuição previdenciária podem variar de acordo com a legislação vigente e a situação específica do trabalhador autônomo.

É importante estar atualizado sobre as regras e regulamentações fiscais para garantir a conformidade com a lei ao calcular o RPA.

Tudo certo sobre RPA?

Agora que você já entende o que significa o RPA, porque e como emitir este tipo de recibo, vamos destrinchar algumas das perguntas mais frequentes sobre o assunto.

De maneira a te auxiliar caso tenha se perguntado sobre alguma delas ao longo do texto.

Quanto tempo pode durar um contrato RPA?

A duração de um contrato RPA pode variar dependendo das necessidades e acordos entre as partes envolvidas, mas geralmente é de curto prazo.

Porém, não há uma regra específica que determine a duração máxima ou mínima de um contrato RPA.

Em alguns casos, o contrato RPA pode ser estabelecido para um único projeto específico ou para a prestação de serviços durante um período determinado, como algumas semanas ou meses.

Outros contratos RPA podem ser renovados periodicamente ou serem estabelecidos com duração indeterminada, dependendo da natureza dos serviços e das preferências das partes envolvidas.

Portanto, a duração de um contrato RPA pode ser flexível e deve ser definida de acordo com as necessidades e circunstâncias específicas de cada situação.

Quem recebe por RPA pode receber seguro desemprego?

Não, quem recebe por RPA não tem direito ao seguro desemprego, pois esse benefício é destinado apenas a trabalhadores com vínculo empregatício formal.

Quem trabalha de RPA tem direito a décimo terceiro salário?

Não, os profissionais que trabalham sob o regime de Recibo de Pagamento Autônomo não têm direito ao décimo terceiro salário.

O décimo terceiro salário consiste em um pagamento adicional equivalente a 1/12 do salário por mês trabalhado durante o ano, sendo pago até o dia 20 de dezembro de cada ano.

No entanto, para os profissionais que trabalham sob o regime de RPA, o valor total do serviço prestado já é acordado entre as partes e não inclui o décimo terceiro salário como parte da remuneração.

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