Ratear custos fixos é um dos maiores erros que o varejista pode cometer na precificação.
Em meio a tantos outros problemas de processos, essa prática vai reduzir o seu potencial competitivo no mercado.
Se você absorve os seus custos fixos no seu preço de venda, venha comigo e saiba porque é vital acabar com esse hábito o quanto antes!
O que é o rateio de custos?
Extremamente prejudicial à empresa, o rateio de custos é o ato de levar os custos – divididos proporcionalmente -, ao cliente final, através do preço de venda da mercadoria.
Existem duas formas de custos: o custeio por absorção e o custeio direto.
O custeio por absorção rateia todos os custos indiretos da empresa (valores que não dependem da produção e venda).
Nesse método, as margens dos preços são preenchidas por parcelas de custos e despesas.
No varejo, é comum o empresário fazer o seguinte:
- Dividir o custo total pela quantidade vendida;
- Somar ao custo variável do produto;
- Adicionar uma margem de lucro em cima.
Isso é um erro e mais a frente, vou explicar a razão.
O segundo método de rateio é o custeio direto.
Essa metodologia considera apenas os custos e despesas variáveis, relacionados na produção, confecção e venda do produto.
Através desse critério, podemos apurar a margem de contribuição (seu lucro bruto, em outras palavras) da loja e ter uma visão mais clara das finanças ao final do mês.
Pare de ratear custos fixos!
Essa prática é amplamente recomendada pelo mercado, no sentido de ser mais prática e fácil.
Agora, quando nós, especialistas em precificação, olhamos fatores como: mercado e estratégia de crescimento, percebemos que a absorção de custos não é tão eficaz assim.
Por que? Visualize esse cenário:
- Sua loja possui R$20.000,00 de custos e despesas totais (salários, aluguel etc.);
- Seu concorrente está iniciando no varejo e começa vendendo de casa;
- Ambos comercializam o mesmo produto, no mesmo canal de venda.
Aplicando esse método, qual empresário vai conseguir vender mais barato? Claro que o que tem menor custo fixo (caso ambos diluam o custo no produto).
Outro fator crítico é usar qualquer porcentagem, por exemplo: usar 20%? 10%? 15%? De onde vem esse número? Do quanto você quer pagar o custo fixo? Agora pense comigo: 10% de diluição para um produto de 1.000 reais é bem diferente de um produto de 10 reais, concorda?
Logo, é um método impreciso e provavelmente nocivo para seu resultado e competitividade.
Para contornar situações como essas, seguir um processo de precificação eficaz, começando pelo lucro que deseja, apurando a margem correta e exata para depois ver como, e se ela vai pagar suas contas (custo fixo).
Precifique com segurança, para pagar bem custo fixo
Ao definir a margem de contribuição unitária (produto a produto), precisamos levar em conta uma série de indicadores e margens.
Você encontra a margem de cada produto ao retirar despesas variáveis do seu preço de venda.
Veja um exemplo baseado em uma blusa de R$ 70,00.
- Custo da blusa: R$ 35,00
- Comissão: R$15,00
- Imposto: R$ 7,00
- Frete: R$7,00
Logo, essa blusa tem R$ 6 reais de margem de contribuição.
Ou seja, esses 6 reais vão pagar seu custo fixo. Essa margem de cada produto pagará suas contas. Quanto maior ela for, mais fácil ela consegue pagar e o que sobra é o lucro.
Observação: Se você descobre que suas margens de contribuição somadas de cada venda não pagam o custo fixo, significa que você está abaixo do seu ponto de equilíbrio e será necessário buscar meios de elevar a margem média será crucial.
Sem dúvidas, essa é a melhor forma de substituir a absorção de custos.
Gostou do conteúdo? Então compartilhe nas redes sociais para que mais pessoas possa aprender!