Pedidos atrasados e estoque confuso? Entenda o que é processamento logístico e como melhorá-lo!

Processamento logístico é o conjunto de operações que garantem o fluxo de produtos dentro de uma cadeia de suprimentos. Desde o recebimento até a entrega ao cliente. Essa etapa engloba passos como recebimento de mercadorias, conferência, armazenagem, separação de pedidos (picking), embalagem (packing), expedição e transporte.
o que é processamento logístico

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Muitos gestores enfrentam os mesmos entraves: pedidos atrasados, estoque desorganizado, falhas na separação de produtos e aumento de custos operacionais.

Esses problemas são sintomas de um ponto que muitas empresas ainda subestimam: o processamento logístico.

Na logística 4.0, velocidade e rastreabilidade são exigências mínimas, e não ter uma cadeia logística ajustada significa perder competitividade dia após dia.

E o que era para ser um diferencial estratégico, muitas vezes, se transforma em gargalo operacional.

Em nosso guia, você vai entender o que é o processamento logístico, como funciona e quais são os desafios enfrentados pelas empresas que querem crescer com consistência.

O que é processamento logístico?

Processamento logístico é o conjunto de operações que garantem o fluxo de produtos dentro de uma cadeia de suprimentos.

Desde o recebimento até a entrega ao cliente.

Essa etapa engloba passos como recebimento de mercadorias, conferência, armazenagem, separação de pedidos (picking), embalagem (packing), expedição e transporte.

O mapeamento de cada uma dessas operações é a base para padronizar procedimentos e monitorar desvios.

Em um centro de armazenamento, por exemplo, o controle do processamento logístico garante que o recebimento seja feito seguindo critérios como conferência, classificação e armazenagem. 

Como funciona o processo? 

Embora cada operação logística tenha suas particularidades — dependendo do tipo de produto, estrutura do armazém ou modelo de negócio — há etapas que estão presentes em praticamente todos os sistemas logísticos.

Confira agora as etapas que compõem o funcionamento de um processamento logístico bem estruturado:

1. Recebimento de mercadorias

Todo processamento logístico se inicia no ponto de entrada das mercadorias no armazém ou centro de distribuição.

Assim que os produtos chegam, eles passam por uma inspeção para verificar se estão em conformidade com o pedido de compra.

Tanto em termos de quantidade quanto de qualidade e integridade física. 

Em seguida, as informações de cada item são registradas em sistemas de gestão de inventário, como o WMS (Warehouse Management System), que associam os produtos a códigos de identificação únicos, permitindo seu rastreamento em tempo real. 

O registro valida a entrada das mercadorias no sistema e prepara os dados necessários para as fases seguintes da operação logística.

2. Armazenamento

Feito o recebimento e a verificação, as mercadorias são alocadas em posições pré-definidas dentro do armazém, levando em consideração seu giro, tamanho, peso e características específicas. 

Métodos de controle como FIFO (First In, First Out) e LIFO (Last In, First Out) podem ser aplicados para que a ordem de entrada dos produtos seja respeitada conforme a necessidade de cada tipo de item (perecível ou não perecível, por exemplo).

O inventário é monitorado de forma contínua, e sistemas automatizados podem emitir alertas de reabastecimento ou identificar desvios.

A precisão nessa etapa é o que evitará perdas e garantirá rapidez na etapa seguinte: a separação dos pedidos.

Processamento de pedidos

Com os produtos armazenados e organizados, o sistema está pronto para processar os pedidos.

Se uma nova solicitação é registrada no sistema OMS (Order Management System), ela é automaticamente integrada ao WMS, que localiza os produtos solicitados e define o roteiro de picking. 

A separação pode ser realizada por operadores com coletores de dados móveis ou por sistemas automatizados, dependendo do grau de mecanização da operação. 

Após a coleta, os produtos são direcionados à estação de embalagem, onde são acondicionados de acordo com as características do item e exigências do transporte. 

Embalagens corretas reduzem riscos de avarias e otimizam a ocupação dos veículos, gerando economia e eficiência no transporte.

Transporte e distribuição

Com os pedidos embalados e prontos para saída, inicia-se a etapa de transporte e distribuição.

A seleção do modal logístico — rodoviário, aéreo, ferroviário ou marítimo — é feita com base em critérios como urgência, custo, volume e tipo de produto. 

Sistemas de TMS (Transportation Management System) ajudam a planejar rotas otimizadas, agrupar entregas por região e gerenciar contratos com transportadoras. 

Durante o trajeto, a carga pode receber um rastreamento em tempo real, que informa o status e a localização da entrega tanto à empresa quanto ao cliente final. 

Devoluções e gestão de resíduos

A última etapa do processamento logístico lida com o fluxo reverso e o descarte.

Quando ocorre uma devolução, o produto retorna ao armazém e passa por uma triagem para avaliar se pode ser reintegrado ao estoque ou se deve ser descartado. 

Produtos danificados, vencidos ou fora de padrão seguem para descarte ou destinação adequada, de acordo com normas ambientais e sanitárias. 

Empresas com uma política de logística reversa e práticas de sustentabilidade — como reaproveitamento de embalagens e destinação correta de resíduos — contribuem para a redução do impacto ambiental e melhoram sua imagem perante o mercado.

Quais são as vantagens de um bom processamento logístico?

 Em um mercado mais exigente e competitivo, deixar a logística em segundo plano é um erro que custa caro.

Cada processo mal estruturado gera impacto direto no custo, na eficiência e na experiência do cliente.

Se você quer crescer, precisa olhar com atenção para onde muitos ainda subestimam.

A seguir, veja por que investir em um bom processamento logístico.

A operação rende mais com menos esforço

Nem sempre é necessário investir mais para alcançar melhores resultados.

Em muitos casos, o diferencial está em organizar a cadeia de processos de maneira lógica.

Um bom processamento logístico melhora a eficiência operacional ao reduzir perdas de tempo, eliminar etapas redundantes e garantir que os recursos humanos, físicos ou financeiros sejam utilizados da forma mais produtiva possível. 

O cliente percebe que pode confiar

É difícil construir uma boa experiência se o pedido atrasa ou chega errado.

Um estudo da Voxware descobriu que 69% dos consumidores têm menos probabilidade de comprar de um varejista se um item não for entregue dentro de dois dias da data prometida.

Mas, quando a logística funciona bem, o cliente sente a diferença.

A confiança nos prazos corretos influencia a satisfação e a fidelização, porque quem é bem atendido tem mais chances de voltar e de recomendar.

O estoque deixa de ser um problema

Estoque parado ocupa espaço e gera custo. Falta de produto, por outro lado, gera perda de vendas.

Um bom processamento logístico ajuda a evitar os dois extremos, com monitoramento e previsão de demanda.

A empresa consegue crescer sem travar

O equilíbrio entre oferta e demanda exige mais do que controle de entrada e saída: exige visibilidade em tempo real, capacidade de previsão e integração com sistemas de gestão. 

Um bom processamento logístico depende de uma gestão eficiente de estoques, já que utiliza históricos, curvas de giro e análise preditiva para ajustar o nível de inventário ao comportamento do mercado. 

É a melhor forma de evitar tanto a obsolescência de produtos quanto a ruptura de estoque, mantendo o capital de giro saudável e reduzindo o custo de armazenagem. 

💡 Leia mais: O que é análise preditiva e qual seu papel no e-commerce

Quais são os desafios do processamento logístico?

Quem vive a rotina logística sabe que, por trás da eficiência, existem muitos desafios a serem enfrentados todos os dias.

Nem tudo se resolve com boa vontade e planilha

Uma estrutura logística moderna vai muito além de reorganizar processos. Um dos grandes desafios está nos custos de implementação, principalmente quando falamos de investimentos em infraestrutura física e tecnológica. 

Automação de armazéns, sensores de rastreamento e outras soluções exigem um capital inicial que muitas empresas hesitam em aplicar. 

No entanto, essa barreira inicial pode custar caro a longo prazo, já que adiar esses investimentos significa conviver com ineficiências e limitações operacionais.

Quanto maior a operação, mais fina precisa ser a engrenagem

À medida que uma empresa cresce, a logística se torna mais complexa. E essa complexidade operacional exige um nível elevado de coordenação entre setores, fornecedores, centros de distribuição e transportadoras. 

Um pequeno erro em uma ponta pode gerar um efeito cascata em toda a cadeia.

A gestão dessas operações demanda equipes bem treinadas, sistemas integrados e processos claros, o que nem sempre é fácil de manter em ambientes sujeitos a variações na demanda.

Nem tudo está sob controle 

Mesmo com o melhor planejamento, sempre há fatores externos que escapam do controle. Problemas com fornecedores, atrasos no transporte, crises logísticas globais e até eventos climáticos fazem parte dos riscos na cadeia de suprimentos

O desafio está em identificar esses riscos com antecedência, criar planos de contingência e manter a operação resiliente diante de situações inesperadas. Uma cadeia vulnerável pode comprometer toda a experiência do cliente, afetar prazos e gerar custos não previstos.

Fazer certo nem sempre é fazer de forma sustentável

Hoje, eficiência também precisa andar lado a lado com responsabilidade.

A busca por uma logística mais limpa, com menor emissão de carbono e menos desperdício, impõe o desafio da sustentabilidade

A reorganização de rotas para reduzir o consumo de combustível, o investimento em embalagens reutilizáveis e a inclusão de fornecedores comprometidos com práticas sustentáveis exige uma mudança de mentalidade. 

Nem sempre essa transição para uma operação mais verde é simples e barata para as cadeias logísticas, embora seja cada vez mais necessária.

A tecnologia não para, e a logística não pode parar junto

A adaptação a novas tecnologias exige uma atualização de sistemas, capacitação de equipes e, muitas vezes, reestruturação de processos inteiros. 

Nem sempre a infraestrutura atual de uma empresa comporta novas soluções sem adaptações. Sistemas legados, integrações mal estruturadas e falta de compatibilidade entre plataformas comprometem toda a operação se não forem avaliados.

Ao mesmo tempo, ignorar as mudanças pode deixar a operação ultrapassada.

O equilíbrio está em acompanhar as tendências com um olhar estratégico, ou seja, entendendo o que realmente agrega valor à operação.

Como implementar um processamento logístico na sua empresa?

Com as estratégias certas, é possível transformar sua logística em um ponto forte da empresa.

Na lista abaixo, veja por onde começar e como aplicar tudo isso na prática.

Análise e planejamento

Em muitos casos, o problema não está no transporte, mas na falta de planejamento no começo.

É por isso que o primeiro passo é enxergar o cenário completo: o que você movimenta, onde entrega, o que custa caro e o que está lento.

Para isso sair do discurso e virar ação, aqui vão algumas dicas:

  • levante todos os dados da sua operação: volume de pedidos, regiões atendidas, tipos de produtos;
  • entenda quais áreas estão sobrecarregadas e onde os erros mais acontecem;
  • estabeleça metas objetivas como reduzir prazos, aumentar a precisão dos pedidos ou cortar custos logísticos;
  • priorize os gargalos mais críticos e defina ações específicas para cada um;
  • crie um cronograma com etapas e indicadores que mostrem se a logística está evoluindo.

Design do sistema logístico

Você pode ter a melhor equipe do mundo, mas se o sistema logístico não acompanha, o resultado sempre vai ser limitado. 

O design da estrutura logística leva em consideração tanto o espaço físico — galpão, layout, equipamentos — quanto às operações que fazem tudo girar. 

Os passos para fazer sua estrutura funcionar a favor do negócio:

  • avalie se seu espaço atual comporta o volume de produtos com segurança e agilidade;
  • reorganize o layout pensando em facilitar o fluxo de entrada, armazenagem, picking e expedição;
  • escolha um WMS que te ajude a enxergar o estoque em tempo real, sem depender de planilha;
  • implante um TMS que te permita planejar rotas com eficiência e monitorar entregas sem adivinhação;
  • conecte todos os sistemas logísticos com suas plataformas de vendas e ERP para manter tudo sincronizado.

Desenvolvimento de processos

Às vezes o problema não é estrutura nem sistema: é a forma como as coisas são feitas.

Sem processo definido, cada operador trabalha de um jeito, os erros se multiplicam e ninguém sabe onde está o problema. 

O desenvolvimento de processos depende de desenhar um fluxograma e garantir que cada etapa da logística aconteça com clareza, consistência e eficiência.

Se você quer padronizar de verdade, comece com essas ações:

  • mapeie o fluxo completo do pedido: da chegada da mercadoria até a entrega ao cliente;
  • Desenhe os processos em diagramas simples e compartilhe com a equipe;
  • crie procedimentos operacionais padrão (SOPs) para garantir que todo mundo siga a mesma linha;
  • defina KPIs logísticos como tempo de picking, acuracidade de estoque e índice de entrega no prazo.

Treinamento de equipe

Se a força de trabalho entende os objetivos logísticos da empresa e domina as ferramentas disponíveis, há maior aderência aos padrões operacionais, redução de falhas e melhoria contínua da performance.

Para estruturar essa capacitação, seguem algumas medidas:

  • apresentar a lógica operacional e os indicadores relacionados a cada função, para que os colaboradores compreendam o impacto de suas atividades nos resultados globais;
  • realizar atualizações frequentes sempre que houver mudanças nos fluxos logísticos ou no uso de tecnologias;
  • implementar rotinas de feedback e avaliação de desempenho para reforçar boas práticas e corrigir desvios;
  • estimular a cultura de melhoria contínua, promovendo workshops internos e espaços de sugestão estruturada, baseados na metodologia Kaizen.

Implementação de tecnologia

Uma cadeia logística moderna tem como prioridade aumentar a velocidade dos processos, reduzir a incidência de erros manuais e garantir a rastreabilidade total das operações.

São medidas fundamentais para reduzir o lead time e elevar os níveis de serviço. 

Abaixo, veja algumas formas de implementar novas tecnologias:

  • identificar processos com alto volume e repetitividade (como picking e conferência) para priorizar a automação com tecnologias como RFID, coletores de dados e sistemas de esteiras inteligentes;
  • garantir integração entre sistemas (ERP, WMS, TMS, plataformas de e-commerce) por meio de APIs ou conectores nativos;
  • avaliar a escalabilidade e a compatibilidade das soluções tecnológicas com os planos de expansão do negócio;
  • estabelecer um plano de suporte e manutenção contínua, com testes periódicos de sistema e atualização de software.

Monitoramento e ajustes

A operação pode até parecer funcionar bem até que os dados mostram o contrário.

Por isso, o monitoramento e os ajustes são a engrenagem invisível do sucesso logístico. 

É isso que permite acompanhar o desempenho real da operação, identificar onde as perdas estão escondidas e agir com rapidez.

A logística de alto nível não é estática: ela se adapta o tempo todo, com base em números, análises e decisões inteligentes.

Confira os passos para transformar dados em melhorias contínuas:

  • defina KPIs logísticos que realmente importam pro seu negócio (tempo de picking, OTIF, acuracidade de inventário, etc).
  • monitore esses indicadores com frequência, preferencialmente em tempo real;
  • use dashboards visuais para facilitar a leitura e o acompanhamento da equipe;
  • aprofunde-se nos dados para entender causas, padrões e correlações;
  • crie ciclos curtos de análise e correção (pequenos ajustes frequentes valem mais que grandes mudanças esporádicas).

Sustentabilidade e inovação

Empresas que conseguem aliar redução de impacto ambiental com inovação operacional ganham vantagem competitiva.

Para transformar sustentabilidade e inovação em realidade, aqui estão as nossas recomendações:

  • implemente o uso de embalagens reutilizáveis ou recicláveis, ajustadas ao tipo de produto e ao perfil da operação;
  • adote sistemas de monitoramento de consumo energético e reduza o uso de recursos em centros de distribuição, como iluminação LED e sensores de presença;
  • estabeleça parcerias com fornecedores e operadores logísticos que possuam práticas alinhadas com critérios ESG (Environmental, Social and Governance).

Se sua empresa ainda enfrenta problemas com pedidos atrasados ou estoque desorganizado, o momento de agir é agora.

Coloque nossas dicas em prática e veja como pequenas mudanças bem direcionadas podem gerar grandes resultados.

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