O e-commerce ou comércio eletrônico como também é conhecido, refere-se à compra e venda de produtos ou serviços pela internet.
Esse modelo de negócio é uma das maiores forças do mercado atual e não para de crescer.
Afinal, através de um e-commerce é possível comprar e vender pela internet diversos tipos de produtos nos mais variados canais de vendas online.
Para os consumidores, comprar online já virou um hábito.
Afinal, é impossível não aproveitar a praticidade de comprar seus produtos ou serviços de qualquer lugar do mundo.
Já para os lojistas, o e-commerce é uma grande oportunidade de fechar novos negócios.
O setor possibilita vender mais e fidelizar clientes de qualquer lugar por ser um tipo de comércio sem fronteiras.
Neste artigo, apresentaremos um guia completo sobre e-commerce.
Você aprenderá o conceito de e-commerce, as diferenças entre e-commerce, marketplace e loja virtual, além de como funciona esse modelo de vendas online e os principais tipos disponíveis no mercado.
Além disso, abordaremos a chegada do e-commerce ao Brasil com dados atualizados sobre seu crescimento.
Ao final, você verá na prática o passo a passo de como criar um e-commerce.
Acompanhe!
O que é e para que serve o e-commerce?
E-commerce, ou comércio eletrônico, é a prática de comprar e vender produtos ou serviços por meio da internet.
Nesse modelo de negócio todas as transações são feitas de forma online.
No e-commerce, as transações comerciais são realizadas digitalmente, geralmente através de sites ou apps.
Além disso, um e-commerce conta com serviços de pagamento online, integrações com diversos marketplaces e redes sociais.
Ou seja, uma operação completa para facilitar a vida de quem compra e também de quem vende online.
Quais as vantagens de empreender no e-commerce?
Vender pela internet já é um hábito dos consumidores e uma grande oportunidade de negócio para os vendedores.
É possível vender para mais pessoas, envolver os clientes, reduzir custos, entre outras vantagens que vamos ver a seguir.
Mas isso não quer dizer que seja fácil.
Como dissemos, ter um e-commerce traz desafios de gestão como qualquer outro negócio, além de dificuldades específicas das vendas online.
A seguir, vamos entender melhor quais são as vantagens de ter um e-commerce, mas também os desafios que isso traz.
Aumentar as vendas da loja
No e-commerce, você pode vender para pessoas que estão na sua esquina, mas também para quem está do outro lado do mundo.
Não há fronteiras na internet, então você pode levar seus produtos para mais pessoas e aumentar as vendas da sua loja.
Como o hábito de comprar pela internet já se popularizou, você tem milhões de clientes para conquistar.
Reduzir custos operacionais
Em relação às lojas físicas, o e-commerce permite reduzir custos operacionais, que são aqueles necessários para manter as operações de uma empresa.
Com um marketplace ou loja virtual, você não precisa mais gastar com aluguel, energia ou manutenção de um espaço, por exemplo.
É possível criar uma operação enxuta, com gastos mínimos.
Oferecer uma melhor experiência ao cliente
O cliente do e-commerce pode comprar onde e quando quiser — basta ter um celular na mão e uma conexão com a internet.
Se você não oferece uma opção de compra online, o consumidor poderá ficar frustrado.
Por outro lado, se o cliente acessar sua loja virtual, escolher os produtos e conseguir finalizar a compra facilmente, automaticamente você oferecerá uma experiência valiosa ao cliente
Consequentemente, também irá conquistar esse cliente que ficará encantado com sua marca.
💡 Leia mais: como fazer o cliente nunca esquecer sua marca
Integrar com estratégias de marketing digital
É mais fácil integrar o marketing digital com o e-commerce do que com o comércio presencial.
Na internet, basta direcionar o clique do usuário até a sua loja para fazê-lo entrar no seu e-commerce na aba do navegador ao lado.
Assim, transformar seguidores das redes sociais e assinantes do e-mail marketing em clientes se torna mais simples.
Monitorar os resultados da loja virtual
O e-commerce e o marketing digital têm uma grande vantagem em relação às lojas físicas: na internet, é possível mensurar seu desempenho.
Você pode monitorar os passos dos usuários e saber exatamente quantas pessoas clicaram no link do e-mail ou deixaram produtos no carrinho, por exemplo.
Assim, as estratégias podem ser ajustadas e aprimoradas.
E os desafios de ter um e-commerce?
Mas nem tudo no e-commerce é tão simples…Vender pela internet também traz alguns desafios.
Dentre os principais desafios, está a gestão de estoque e logística, que exigem um planejamento eficiente para não prejudicar a experiência do cliente nem gerar gastos desnecessários.
Problemas de estoque ou logística afetam a entrega do produto ao cliente , que pode recebê-lo com atraso ou com avarias, por exemplo, o que não é nada bom.
Além disso, não gerenciar bem essas áreas pode gerar altos custos de armazenamento, com aluguel de espaço e depreciação dos produtos.
Outro desafio comum aos empreendedores da internet é compreender o complexo sistema tributário do Brasil.
Ao vender pela internet, você precisa pagar tributos à Receita Federal, que se referem principalmente à circulação de mercadorias e serviços (ICMS) e podem variar conforme o estado de destino da venda.
É importante ter um contador ao seu lado para cumprir corretamente as obrigações fiscais e tributárias; se não, elas podem gerar multas e penalidades.
💡 Leia mais: Contabilidade para e-commerce: o guia completo sobre o assunto
Vale a pena lembrar que a internet é um ambiente novo para muitos empreendedores.
É preciso compreender a internet, seus canais e suas possibilidades para se comunicar melhor com os consumidores e aproveitar todas as oportunidades.
A possibilidade de mensurar o desempenho, por exemplo, é uma vantagem do e-commerce, mas exige conhecimento sobre as métricas e ferramentas de análise de dados.
Você deve entender os principais indicadores, saber por que as pessoas estão abandonando o carrinho no e-commerce e adotar medidas para evitar isso.
Muitas vezes, é necessário realizar cursos e estudar conteúdos sobre e-commerce e marketing digital para saber onde você está se metendo.
Vale a pena investir nesse conhecimento!
Diferença entre e-commerce e loja virtual
Outro conceito que costuma se confundir com o e-commerce é a loja virtual.
Uma loja virtual é uma plataforma online que permite a venda de produtos ou serviços pela internet.
Muitas vezes, utilizamos como sinônimos: criar um e-commerce, por exemplo, geralmente significa montar uma loja virtual.
Mas existe uma diferença.
Para facilitar o entendimento, podemos dizer que o e-commerce é um modelo de negócio de vendas online.
Já a loja virtual é a principal vitrine online para que seu público tenha acesso aos seus produtos ou serviços.
É importante ressaltar que existem outros canais de vendas que fazem parte do comércio eletrônico e que também podem ser usados pelos lojistas para vender mais.
Diferença entre e-commerce, marketplace, redes sociais e Dropshipping
Marketplaces
Os marketplaces podem ser considerados um tipo de e-commerce e muitas pessoas optam por começar a vender online através dessas plataformas.
De forma resumida, Marketplaces são sites de vendas que reúnem diversos lojistas, como grandes shoppings online.
E os consumidores podem escolher entre vários vendedores dentro do mesmo site.
Os marketplaces oferecerem uma estrutura de marketing robusta, promovendo uma ampla visibilidade dos produtos e ampliando as oportunidades de venda online.
Em troca, eles cobram pequenas comissões sobre cada produto vendido.
Redes sociais
As redes sociais também são consideradas canais de venda online.
Muitas lojas começam a vender pelas redes e, à medida que o negócio cresce, expandem para uma loja virtual.
O que muita gente não sabe é que as redes sociais como Instagram, Facebook e TikTok são excelentes canais de vendas que podem ser aliados à loja virtual.
Principalmente para segmentos de moda e decoração, as redes sociais podem gerar grandes oportunidades de compra e engajamento com os consumidores.
Dropshipping
O dropshipping é uma modalidade de e-commerce que também elimina a necessidade de estoque e logística, porque esses serviços são terceirizados para o fabricante.
O lojista apenas faz a intermediação da venda.
Ele recebe o pedido do cliente, retém sua comissão na venda e repassa o restante do pagamento ao fabricante, que deve providenciar o envio ao cliente.
Quais são os tipos de e-commerce?
Existem diversos tipos de e-commerce.
Eles podem ser classificados pelo tipo de negócio (B2C, B2B, C2C etc.), pela plataforma de vendas (mobile, social, chat etc.), entre outras classificações.
Confira as características de cada um:
Business to Consumer – B2C
B2C é o modelo de e-commerce com o qual estamos mais acostumados.
São lojistas que vendem em suas lojas virtuais ou marketplaces diretamente para o consumidor final, sem intermediários.
Podem ser varejistas ou prestadores de serviços.
Direct to Consumer – D2C
D2C é outra modalidade bastante comum, que consiste na venda direta entre o fabricante e o consumidor final, também sem intermediários.
O lojista não precisa de varejistas para chegar até o comprador. Em geral, isso traz economia para o vendedor, embora possa diminuir sua capilaridade.
Business to Business – B2B
E-commerce B2B é a modalidade de comércio eletrônico entre empresas.
Podem ser atacadistas ou fabricantes, que vendem para os varejistas, ou empresas que vendem soluções para outros negócios, como softwares empresariais ou produtos para escritórios.
Business to employee – B2E
O modelo de e-commerce B2E é focado na venda para os colaboradores da empresa.
É uma modalidade mais recente, em que as empresas oferecem produtos e serviços aos seus funcionários, geralmente com condições especiais.
Podem ser produtos e serviços da própria empresa ou de parceiros.
Consumer to Business – C2B
C2B é um modelo que inverte o mais tradicional: são as pessoas físicas que vendem para as empresas, em vez do contrário.
Embora seja mais raro, existe um exemplo comum de e-commerce C2B que é a venda de fotos para bancos de imagens.
Consumer to Consumer – C2C
O modelo de e-commerce C2C é comum atualmente.
Trata-se do comércio eletrônico entre pessoas físicas, o que acontece, por exemplo, na venda de produtos usados em plataformas como Enjoei e OLX.
Consumer to Administration – C2A
O e-commerce C2A se refere à venda de produtos e serviços de pessoas físicas para a administração pública.
Pode acontecer, por exemplo, na prestação de serviços por professores e médicos.
Também pode ser chamado de Citizen to Government (C2G), ou seja, do cidadão para o governo.
Business to Administration – B2A
B2A é a venda de empresas para a administração pública.
No Brasil, geralmente é realizada por meio de licitações ou pregões para a venda de produtos e serviços nas mais diversas áreas, como realização de obras e venda de softwares.
Também pode ser chamado de Business to Government (B2G), que significa de empresas para governos.
Mobile commerce – M-Commerce
M-commerce é o tipo de comércio eletrônico que acontece por meio de dispositivos móveis.
Os consumidores acessam lojas virtuais e marketplaces por meio do navegador móvel ou podem utilizar apps de vendas dos lojistas.
Segundo o relatório Webshoppers 44ª edição, o mobile commerce já apresenta um faturamento (53%) maior que o desktop (47%).
Social commerce – S-Commerce
S-commerce é outra tendência importante do e-commerce.
Refere-se às operações de compra e vendas pelas redes sociais, como Instagram, Facebook e Pinterest.
Essas plataformas já oferecem ferramentas nativas de vendas, o que significa que o usuário não precisa sair da rede social para finalizar a compra, embora esses recursos ainda não estejam disponíveis no Brasil.
Facebook commerce – F-Commerce
O Facebook Commerce é um dos tipos de Social Commerce, já que consiste em comprar e vender pelo Facebook.
A plataforma já oferece a possibilidade de criar uma loja própria, além de anunciar produtos no próprio Facebook marketplace disponível para pessoas físicas ou empresas.
Chat commerce – C-Commerce
C-commerce consiste no chat commerce, ou seja, no comércio eletrônico realizado por meio de aplicativos de mensagens.
Ferramentas como WhatsApp, Messenger e Instagram Direct podem ser usadas para vendas e já estão disponibilizando recursos para empresas, como o WhatsApp Pay (meio de pagamento) e o catálogo de produtos no WhatsApp.
Television commerce – T-Commerce
T-commerce é o comércio eletrônico realizado por meio de aparelhos de televisão.
Esse tipo de e-commerce foi possibilitado pelo surgimento das smart TVs, que se conectam à internet e oferecem diversos recursos de interação com o usuário.
Inclusive aplicativos de vendas e navegadores nativos.
Subscription commerce – Clube de assinaturas
Clubes de assinaturas (subscription commerce) oferecem a possibilidade de comprar e vender produtos por meio de planos, geralmente mensais ou anuais.
Como assinante, você recebe os pedidos com uma periodicidade definida e pode aproveitar benefícios exclusivos por participar do clube.
Infoprodutos – Mercado de produtos digitais
No e-commerce, você pode vender não apenas produtos físicos, mas também produtos digitais, que eliminam a necessidade de estoque e logística.
Os infoprodutos — ebooks, webinars, cursos online, mentorias à distância etc. — representam um mercado poderoso de vendas.
Como funciona um e-commerce?
Para entender como funciona um e-commerce, podemos analisar o comércio eletrônico por duas perspectivas: de quem compra e de quem vende.
Os consumidores geralmente não fazem ideia de tudo que está por trás do site ou aplicativo de venda de produtos.
Para eles, o e-commerce é como um grande shopping em que é possível circular por várias lojas, olhar as vitrines, pesquisar produtos e comparar preços.
Como a compra é à distância, a principal diferença em relação às lojas físicas é que não é possível experimentar os produtos.
Então, os clientes podem visualizar fotos e vídeos do produto no site, ler as descrições detalhadas e saber as opiniões de outros clientes para embasar sua decisão de compra.
Quando o cliente escolhe uma loja, ele deve selecionar os produtos que deseja comprar, adicionar na sacola ou no carrinho e finalizar a compra no checkout do e-commerce.
Nesse momento, é preciso preencher os dados pessoais, de endereço e pagamento, para finalizar a compra e, depois do prazo determinado pela loja, receber o produto em mãos.
Para os vendedores, o e-commerce funciona como qualquer negócio, que precisa de planejamento e estrutura, mas que efetua suas vendas pela internet.
Os lojistas podem criar sua própria loja virtual ou aplicativo de vendas, inserir seus produtos em marketplaces ou até usar as redes sociais para vender.
Nessas plataformas, o vendedor deve inserir seus produtos, criar menus e categorias, usar imagens atrativas e criar um layout que ofereça a melhor experiência de compra ao cliente.
Além disso, as ferramentas de vendas também oferecem um ambiente de gestão da loja, que permite organizar as vendas, receber os pedidos e controlar o desempenho do negócio.
A escolha da plataforma é essencial, mas mais importante ainda é estruturar a gestão do negócio.
Áreas de marketing, estoque e logística, são, especialmente, as mais determinantes para o sucesso do seu e-commerce.
Como surgiu o e-commerce?
Comprar e vender pela internet se tornou um hábito que há alguns anos era impensável.
Pode parecer impossível se lembrar da época que a única opção para comprar um produto era ir até uma loja de rua ou no shopping.
Na década de 70, nos Estados Unidos, temos o início da evolução — que mais para frente se chamaria e-commerce, com a troca de solicitação de pedidos por meio de arquivos.
Segundo os registros, funcionava assim: a loja recebia a informação de que o cliente tinha interesse em um produto ou serviço, através do compartilhamento de documentos feitos pelo EDI (Eletronic Data Interchange).
Em 1979, o inglês Michael Aldrich criou o primeiro shopping online, com transações eletrônicas.
A partir daí, começaram a surgir sites dos mais diversos tipos, inclusive alguns que vendiam produtos pela internet.
Em 1995, surgiram dois sites que marcaram o início do e-commerce no mundo: Amazon e e-Bay.
A Amazon iniciou suas operações como uma livraria online, com milhares de títulos no catálogo, enquanto o e-Bay conectava pessoas que queriam comprar ou vender bens pela internet.
Ainda hoje esses sites são gigantes mundiais do e-commerce.
A partir de então, o interesse pela novidade passou a se popularizar.
Estatísticas sobre o e-commerce no Brasil?
No Brasil, o e-commerce não demorou a aparecer.
Em 1995, foi criado no Brasil o Booknet, considerado a primeira loja virtual do país.
Mas foi em 1999 que surgiu o primeiro grande site de comércio eletrônico brasileiro: o Submarino, que comprou o Booknet e se tornou um dos gigantes das vendas pela internet.
No início, os consumidores ainda desconfiavam das compras à distância, sem poder experimentar os produtos, em sites que poderiam ser falsos ou roubar seus dados.
Demorou para que o e-commerce conquistasse a confiança dos consumidores, que passaram a inserir seus dados pessoais e de cartão de crédito nos sites como algo corriqueiro.
Mas, com a mudança de comportamentos e o desenvolvimento das tecnologias, os lojistas aprimoraram seu atendimento, e os consumidores desenvolveram o hábito de comprar pela internet.
Como criar um e-commerce do zero
Agora que você já entende como funciona um e-commerce e quais são as suas principais vantagens, vamos ver como criar a sua loja virtual do zero.
Trouxemos aqui os passos essenciais para isso:
1. Escolha um nicho de mercado
Os maiores e-commerces e marketplaces vendem vários tipos de produtos.
Com uma estrutura grande e robusta, eles podem atender diversos perfis de público.
Mas, a não ser que você queira ser um deles, dificilmente você vai conseguir competir por um público tão amplo.
O ideal é focar em um nicho de mercado — como joias artesanais, celulares usados, acessórios para home office, entre outros — e escolher uma ou poucas categorias de produto, que apresentem boas oportunidades de vendas.
2. Conheça o seu público
Saiba para quem você vai vender seus produtos.
Primeiramente, identifique as dores e necessidades que os seus produtos vão resolver.
Isso é importante para identificar boas oportunidades de mercado.
Além disso, analise os comportamentos, costumes, ideais e interesses do seu público para construir o perfil da persona, que vai orientar o seu marketing e a produção de conteúdos.
3. Regularize sua empresa
Outro passo importante para abrir um e-commerce é regularizar sua empresa.
É possível vender na internet como pessoa física, mas formalizar um negócio transmite mais profissionalismo e permite emitir notas fiscais.
Para isso, você precisa providenciar um cadastro no CNPJ, obter um alvará de funcionamento e definir o enquadramento jurídico e tributário.
Um contador também pode ajudar você nessa tarefa.
💡 Leia mais: Como abrir uma empresa? Entenda todo o processo
4. Conheça a legislação
A internet é democrática, mas não é uma terra sem lei.
Para vender no e-commerce, você precisa seguir algumas regras dispostas em leis.
A principal legislação que rege o comércio eletrônico é a Lei do E-commerce (Decreto 7962/13), que define a necessidade de informar dados da empresa no site, garantir o atendimento facilitado ao consumidor, entre outras disposições.
Existem ainda outras leis importantes.
A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) define as obrigações das empresas em relação à segurança dos dados dos clientes.
E o Código de Defesa do Consumidor (CDC) permite aos consumidores devolverem produtos do e-commerce em até 7 dias depois do recebimento do produto.
5. Registre seu domínio
Para ter o seu espaço na web, é preciso registrar um domínio.
O domínio é o endereço do seu site na internet, que os usuários digitam na barra do navegador para acessá-lo.
Escolha um domínio que identifique facilmente o seu negócio.
Você pode registrar o domínio diretamente com o Registro.br, que administra todos os domínios do Brasil, ou com empresas de hospedagem de sites.
As plataformas de e-commerce costumam ajudar os lojistas nessa tarefa.
💡 Leia mais: Como registrar o domínio de uma loja online
6. Escolha a sua plataforma de e-commerce
A escolha da plataforma de e-commerce é determinante para o sucesso do seu negócio.
A plataforma define a experiência de compra que você vai oferecer aos seus clientes no site, mas também oferece o ambiente de gestão da loja virtual, que deve ser simples e eficiente.
É importante que a plataforma de e-commerce atenda às suas necessidades.
A ferramenta deve oferecer integrações com outros softwares e plugins, possibilidades de layout e templates para facilitar a criação da interface e recursos simples de checkout para o cliente.
Os recursos básicos devem ser nativos, para que você não precise contratar serviços extras.
Investigue também a reputação do fornecedor.
Saiba se a empresa oferece suporte qualificado e se cumpre a garantia de SLA (Service Level Agreement), que informa o tempo que o site deve ficar no ar, sem ficar com acesso indisponível.
Por mais que você seja uma loja pequena ou média atualmente, pense que o seu negócio pode crescer.
Então, garanta também que a plataforma tenha escalabilidade, para que você não precise migrar de plataforma à medida que receber mais acessos e vender mais.
7. Encontre os melhores fornecedores
Encontre bons fornecedores para a sua loja virtual.
Estamos falando de fornecedores de produtos, mas também de serviços como a plataforma de e-commerce, hospedagem de sites, agência de marketing digital, entre outros.
Os fornecedores devem ser parceiros de negócio, que ajudem a melhorar a experiência do cliente e potencializar seus resultados.
8. Tenha uma boa gestão de estoque
A gestão de estoque é um ponto crucial para o e-commerce.
Você precisa ter um bom planejamento para identificar o nível ideal de armazenamento.
De maneira que não faltem produtos para o consumidor, mas também não gerem excesso de produtos armazenados, que podem se depreciar e gerar custos extras.
Para fazer uma boa gestão de estoque, identifique a demanda e as sazonalidades dos seus produtos.
Além disso, mantenha o controle com uma ferramenta que seja integrada às suas vendas em todos os canais, para que ela dê baixa no estoque sempre que uma venda acontecer.
9. Ofereça os melhores meios de pagamento
Quanto mais formas de pagamento você oferecer, mais clientes consegue atender.
Cada pessoa tem uma preferência de pagamento — à vista ou a prazo, cartão de crédito ou débito, PIX ou boleto, entre outras diversas opções.
Então, garanta que a sua plataforma de e-commerce ofereça diferentes formas de pagamento e trabalhe com integradores confiáveis, que façam uma intermediação segura entre loja, bancos e operadoras de cartões.
💡 Leia mais: Intermediadores de pagamento: 5 dúvidas respondidas sobre o assunto
10. Faça o planejamento de logística e frete
A compra não termina quando o cliente finaliza o pagamento.
Até receber o produto em mãos, o cliente mantém a expectativa alta!
Então, é preciso planejar a gestão da logística para que a entrega do pedido aconteça da melhor forma, dentro do prazo e sem avarias nos produtos.
Para isso, faça parcerias com transportadoras confiáveis, que tenham uma frota atualizada e trabalhem com tecnologias de rastreamento.
Escolha também parceiros que ofereçam bons prazos de entrega e preços de frete, já que isso é determinante para a compra no e-commerce.
💡 Leia mais: Tipos de Frete: Escolha o mais Indicado para sua Loja Virtual
11. Cuide do atendimento ao cliente
Se as compras do e-commerce são feitas à distância, o atendimento ao cliente ganha mais importância.
Os consumidores querem se sentir bem informados e atendidos para criar confiança na loja.
Então, é preciso atender os clientes com atenção e agilidade, a fim de resolver os problemas de forma efetiva.
Isso vale para antes, durante e depois de uma compra.
Mas é no pós-compra que surgem situações mais delicadas, como o atraso na entrega, um produto que chegou com defeito ou simplesmente um pedido de troca, ou devolução.
Nesses casos, os clientes precisam de uma atenção especial para manter a boa impressão que tiveram ao longo do processo de compra.
Principais métricas do e-commerce
Ok, você já tem um e-commerce, já colocou seus produtos para vender, já está recebendo visitas e fazendo vendas.
Agora, é importante ficar de olho nas métricas para saber como está seu desempenho.
Veja agora quais são as principais métricas de e-commerce que indicamos acompanhar:
Retorno sobre Investimento (ROI)
O ROI mede o retorno sobre o investimento, ou seja, quanto dinheiro retorna para cada real investido nas estratégias do e-commerce.
Essa métrica é importante para saber se você está tendo resultados efetivos e quais estratégias estão dando mais retorno financeiro.
Ticket médio
O ticket médio revela o valor médio que cada cliente gasta na sua loja virtual.
Para saber isso, basta dividir o faturamento pelo número de clientes em determinado período. Essa métrica ajuda a dar previsibilidade para os ganhos da sua empresa.
Taxa de abandono no carrinho
A taxa de abandono de carrinho calcula, entre os visitantes do site, qual o percentual de clientes que estão deixando produtos sem finalizar a compra.
É importante investigar os motivos para isso e resgatar esses clientes para que voltem e finalizem a compra.
De acordo com um estudo da Baymard, custos extras (frete e taxas) são o principal motivo para o abandono.
Custo de aquisição do cliente (CAC)
Você sabe quanto precisa gastar para conquistar um cliente para a sua loja virtual?
O cálculo do CAC revela isso, ao dividir o total de custos com marketing e vendas pelo número de novos clientes em determinado período.
É mais um indicador financeiro para saber se as suas estratégias estão valendo a pena.
Taxa de conversão
A taxa de conversão é o resultado da divisão do número de clientes pelo número de visitantes em determinado período.
Com essa métrica, você consegue saber se o e-commerce está conseguindo ser eficiente em converter visitantes em clientes.
Fonte de tráfego
É muito importante para os donos de e-commerce identificar de onde os usuários estão chegando e também saber quais os canais que não trazem muitos clientes.
Essa métrica vai ajudar a entender o que está dando certo e traçar novas estratégias quando for preciso recalcular a rota.
Principais Estratégias de marketing para e-commerce
O marketing é aliado para fazer seu negócio online crescer.
Veja agora quais são as principais estratégias de e-commerce que você pode aplicar para atrair mais clientes e vender mais.
Invista no Inbound Marketing
O Inbound Marketing é uma das principais estratégias do marketing digital.
O propósito dessa estratégia é atrair os consumidores e nutrir o relacionamento com eles por meio de conteúdos relevantes, em vez de ir atrás deles com anúncios inoportunos.
Para isso, o Inbound Marketing trabalha com o conceito de funil, que acompanha os clientes na sua jornada de compra.
Vamos entender melhor esses conceitos.
Crie um funil de vendas
O funil de vendas começa no topo, em que várias pessoas são atraídas para visitar o seu site.
No meio do funil, os visitantes se transformam em leads e passam a receber conteúdos da empresa para amadurecer sua decisão de compra.
Já no fundo do funil, os leads recebem conteúdos mais direcionados para venda, para enfim tomar a decisão de compra.
Ao longo desse processo, a empresa deve lançar mão de estratégias que acompanhem os leads e ajudem a aprofundar seu conhecimento e o relacionamento com a marca.
Então, para criar um funil de vendas, você deve definir as melhores estratégias para cada etapa, que se comuniquem com o consumidor e resolvam suas dúvidas no processo de compra.
Mapeie a jornada do seu cliente
O funil de vendas tem a função de acompanhar os leads ao longo da sua jornada de compra, que se refere aos caminhos que os consumidores tomam até chegar a uma compra.
No cenário atual, esses caminhos são cada vez mais imprevisíveis e tortuosos, passando por diversos canais, online e offline.
Então, você também deve mapear a jornada do cliente para entender quais são esses canais e quais são as melhores formas de se conectar com ele.
Utilize o Google Ads e Facebook Ads
Utilizar o Inbound Marketing não significa que você deva ignorar outras abordagens.
O Google Ads e o Facebook Ads são as principais plataformas de anúncios online, que seguem a linha do Outbound Marketing: a publicidade vai atrás do consumidor para despertar seu interesse.
Tanto o Google Ads quanto o Facebook Ads oferecem diversos recursos de segmentação do público, mensuração das campanhas e criação de anúncios atrativos e eficientes.
Você pode anunciar em links patrocinados, mídia display, social ads, entre outros formatos.
💡 Leia mais: Como promover campanhas de alto desempenho utilizando o Facebook Ads?
Aposte no marketing de conteúdo
O marketing de conteúdo é uma das estratégias mais usadas atualmente.
Se as empresas não querem ser inoportunas para os consumidores, nada melhor que oferecer conteúdos úteis e relevantes que ajudam a resolver dúvidas e problemas da sua vida.
No e-commerce, você pode criar um blog para publicar esse tipo de conteúdo e ajudar o seu consumidor com dicas e explicações sobre sua área de atuação.
Publicações do blog, otimizadas com SEO, ainda têm grandes chances de conquistar os primeiros lugares do Google.
Venda mais com o e-mail marketing
O e-mail marketing é uma das estratégias mais eficientes para gerar conversões no e-commerce.
Você pode enviar mensagens com conteúdos de nutrição dos leads, mas também ofertas e mensagens promocionais, que visam a venda.
O importante é que os envios sejam segmentados e personalizados para cada destinatário, a fim de atender aos seus interesses e ao seu momento na jornada de compra.
Faça parcerias de co-marketing
Parcerias de co-marketing consistem na união de dois ou mais parceiros para criar conteúdos, materiais ou ofertas em conjunto.
No e-commerce, pode ser a produção de um webinar ou o oferecimento de um brinde de um parceiro, por exemplo.
A intenção é agregar valor para os seus clientes, além de atrair os consumidores do seu parceiro para a sua loja.
Em termos de SEO, é também uma oportunidade de conquistar links para o seu site.
Use estratégias de personalização
Por meio do histórico de navegação, de interações e outros dados dos clientes, é possível personalizar a experiência no e-commerce.
Você pode criar vitrines personalizadas, apenas com produtos que cada cliente tem mais chances de comprar.
Para isso, é importante contar com ferramentas de personalização, que algumas plataformas de e-commerce oferecem.
Faça cross-selling e upselling
Cross-selling é a estratégia de oferecer itens complementares ao produto que a pessoa escolheu, como uma capinha para quem comprou um celular.
Já o upselling significa oferecer produtos de maior valor, como uma televisão mais recente.
Essas estratégias ajudam a aumentar o ticket médio da loja, além de oferecer sugestões relevantes de produtos para o seu consumidor.
Invista em remarketing
A intenção do remarketing é recuperar o interesse daquele consumidor que visitou uma página específica do site ou deixou um produto no carrinho.
Então, anúncios ou e-mails aparecem para ele lembrando-o de voltar para finalizar a compra.
O Google Ads e o Facebook Ads permitem configurar esse tipo de publicidade, que costumam dar um alto retorno para as lojas virtuais.
Destaque as avaliações dos seus clientes
As avaliações de clientes influenciam decisivamente nas escolhas dos consumidores.
Elas são mais uma informação que eles usam para confiar no que estão comprando.
Mas com um diferencial: aqui quem está falando são clientes reais, que já tiveram uma experiência com a loja e servem como prova social.
Ao final de uma compra, o e-commerce pode solicitar aos clientes que deixem suas impressões sobre a loja e os produtos.
Então, os reviews geralmente aparecem nas páginas de produto para trazer mais informações ao comprador.
Invista em SEO para e-commerce
Você quer que mais pessoas cheguem até a sua loja virtual, não é?
Melhor ainda se elas chegarem sem que você precise pagar por isso, certo?
E se elas vierem até o seu site exatamente no momento em que estão precisando de uma solução, seria ótimo, não é?
O SEO para e-commerce cumpre todas essas funções.
De forma clara, as principais estratégias de SEO, consistem:
- Pesquise as suas melhores palavras-chave;
- Atenção ao título e à meta descrição da página
- Tenha URLs amigáveis
- Use boas imagens e otimize
- Capriche na descrição dos produtos.
Principais tendências do e-commerce para 2025
Vamos falar agora sobre o futuro: quais são as principais tendências no cenário do e-commerce para 2025.
A maioria das estratégias que vamos mostrar já estão no mercado, e você precisa conhecê-las para entrar nas tendências. Veja agora quais são elas:
Omnichannel
O omnichannel se refere à integração entre as operações de vendas de uma loja.
Afinal, você pode vender em lojas virtuais, marketplaces, aplicativos, lojas físicas e outros canais, mas o cliente deve ter uma experiência integrada e consistente entre eles.
Então, o omnichannel se preocupa em mudar a mentalidade de competição para a colaboração entre canais.
Além de utilizar ferramentas que possibilitem essa integração completa, especialmente de estoque e logística.
Hiperpersonalização e Experiências centradas no cliente
Os consumidores esperam uma jornada de compras perfeita, sem rúídos e extremamente personalizada. Desse modo garantir que o site seja responsivo e forneça uma experiência fluida em diversos dispositivos é parte importante da jornada de compra.
Além disso, chatbots e assistentes virtuais com tecnologia de IA podem aprimorar o suporte ao cliente e aplicativos que utilizam a realidade aumentada podem se integrar na melhora da experiência de compra online, fazendo com que o cliente visualize os produtos em seu próprio espaço antes de finalizar a compra.
Essas tendências que para muitas lojas já são uma realidade, aprimoram a experiencia de compra e reduzem devoluções.
Sustentabilidade e responsabilidade social no e-commerce
ESG é a sigla para a governança ambiental, social e corporativa das empresas.
Refere-se às práticas de sustentabilidade e responsabilidade social das empresas, não como discursos vazios, mas como parte da essência dos negócios.
Essas práticas devem entrar cada vez mais na atuação das lojas virtuais, que não devem se eximir dos impactos que geram para o planeta.
Você já pensou em como pode reduzir os danos que causa ao meio ambiente?
Como pode impactar positivamente o meio social em que a sua loja está inserida? Essas questões agora devem fazer parte do seu planejamento.
💡 Leia mais: Sustentabilidade para o e-commerce: saiba mais sobre o assunto
Uso de Inteligência artificial e Big Data
O desenvolvimento de inteligência artificial e big data devem fortalecer as estratégias de automação no e-commerce nos próximos anos.
Hoje já é possível criar recomendações de produtos e desenvolver chatbots mais inteligentes.
Além de conhecer os clientes profundamente, mas as possibilidades ainda podem surpreender no futuro.
Quem já tem loja física pode montar um e-commerce?
Se você já trabalha com com loja física e pensa em vender online, acredite que essa é SIM uma boa ideia.
Hoje em dia, fornecer uma experiência integrada ao cliente (loja física + virtual) é algo muito comum e vantajoso para ambos os lados.
É preciso ter em mente, que uma loja não anula a outra, apenas existe um complemento.
Dessa forma, é preciso considerar vender pela internet.
Empresas que ainda não investem no digital, tem alguns problemas, sendo eles.
- atraso digital, em relação ao mercado;
- possui grandes filas para pagamento e trocas de mercadorias;
- insatisfação de clientes, que não possuem comodidade em sua compra;
- venda limitada ao horário comercial;
- estoque parado.
Comece seu e-commerce agora mesmo
Agora que você já sabe tudo sobre o funcionamento de um o comércio eletrônico fica mais fácil começar o seu!
Então, chegou a hora de planejar o seu negócio, com todas as dicas que demos neste artigo.
Gerenciar um negócio online não é tão simples, mas, com a ajuda das ferramentas e plataformas certas, os resultados vão chegar.
Agora que você já sabe tudo sobre e-commerce, que tal conhecer um pouco mais sobre outros assuntos?
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