Nos últimos anos, ao varejo 4.0 tem transformado profundamente o mundo dos negócios.
E com essa tranformação, vem também todo um novo vocabulário.
Com palavras e expressões que antes não eram conhecidas, ou pelo menos não tão utilizadas.
Dentro deste novo vocabulário, temos o termo e-business, muito utilizado, e importante para os donos de e-commerce.
Sendo assim, e pensando em capacitar cada vez mais quem tem ou deseja vender pela internet, neste texto vamos tratar de e-business.
E você vai entender que significa, para que serve, qual sua importância, suas modalidades e muito mais.
Vamos lá?
O que é E-business e para que serve?
De forma direta, e-business é a abreviação de “electronic business” (negócio eletrônico), utilizada para descrever qualquer interação comercial, atividade empreendedora ou de negócios que aconteça por meio da internet.
No entando, o e-business inclui todas as atividades empresariais que utilizam tecnologias digitais para funcionar, como compras online, vendas online, transações financeiras, comunicação empresarial, marketing digital, atendimento ao cliente online e entre muitos outros exemplos.
O e-business pode ser realizado por meio de sites, aplicativos móveis, plataformas de mídia social e outros canais digitais.
Ele oferece às empresas uma maneira eficiente de alcançar clientes, gerenciar operações e expandir suas atividades comerciais além das limitações físicas.
Para que serve o E-business?
Como é de se imaginar, uma vez que engloba diversas atividades, o e-business serve também para uma variedade de propósitos.
Primeiramente, ele permite às empresas operarem de forma mais eficiente, automatizando processos internos e externos.
Isso inclui desde a gestão de inventário até o atendimento ao cliente, passando pela automação de marketing e vendas.
Além disso, o e-business possibilita a expansão do alcance geográfico das empresas, permitindo que elas entrem em mercados internacionais sem a necessidade de presença física.
Finalmente, o e-business oferece às empresas ferramentas avançadas de análise e inteligência de negócios, ajudando-as a tomar decisões mais informadas e estratégicas.
A diferença entre E-business e E-commerce
Embora muitas vezes usados como sinônimos, e-business e e-commerce não são a mesma coisa, e inclusive possuem diferenças bem significativas.
O e-commerce refere-se especificamente à compra e venda de produtos e serviços online. Isso inclui lojas virtuais, plataformas de leilão online e marketplaces.
Enquanto isso o e-business, como já compreendemos, é um termo mais amplo que inclui não apenas a venda de produtos e serviços, mas também a gestão de processos internos e externos mediante tecnologias digitais.
Sendo assim, podemos entender que um e-commerce é um e-business, porém, nem todo e-business é ou abrange necessariamente um e-commerce.
Quais são as modalidades do e-business?
Dependendo do tipo do e-business, ou seja, a sua área de atuação e público-alvo, ele pode funcionar a partir de diferentes tipos de modalidades.
Que nada mais são do que os tipos de relações que podem acontecer dentro de um negócio online.
É interessante que o comerciante as entendam para compreender melhor como podem se aplicar a sua empresa em específico.
As siglas podem inicialmente parecer um pouco confusas, principalmente por serem baseadas na língua inglesa.
Porém, compreendê-las é mais simples do que parece, e pode ser extremamente útil para sua empresa e sua compreensão dentro do mundo do comércio eletrônico.
As principais modalidades atualmente são:
B2B (Business to Business, ou “de empresa para empresa”)
O B2B refere-se a transações em que uma empresa vende para outra empresa, se constituindo como transações entre duas pessoas jurídicas.
Essas transações podem incluir a venda de produtos, a prestação de serviços, ou até mesmo a colaboração em projetos.
No contexto do e-business, o B2B costuma utilizar plataformas digitais para facilitar essas interações, automatizando processos como pedidos, faturamento e gestão de relacionamento com fornecedores.
Exemplos de B2B incluem plataformas de comércio eletrônico que conectam fabricantes a distribuidores ou fornecedores a varejistas.
B2C (Business to Consumer, ou “de empresa para consumidor”)
O B2C é a modalidade mais conhecida e refere-se à venda direta de produtos e serviços de empresas para consumidores finais.
Ou seja, é o caso clássico em que uma loja vende para uma pessoa física.
Este modelo é amplamente utilizado por lojas online, serviços de assinatura e aplicativos móveis.
O e-business no contexto B2C envolve a utilização de plataformas de e-commerce, marketing digital, e CRM para atrair e reter clientes.
Além de proporcionar uma experiência de compra personalizada e eficiente.
B2G (Business to Government, ou “de empresa para o governo”)
O B2G envolve transações entre empresas e entidades governamentais.
Este modelo é comum em licitações e contratos públicos onde empresas fornecem bens e serviços ao governo.
As plataformas de e-business facilitam essas interações ao digitalizar e automatizar processos de licitação, compliance e entrega.
Empresas que operam no modelo B2G devem atender a rigorosos padrões de transparência e eficiência impostos pelas entidades governamentais.
C2C (Consumer to Consumer, ou “de consumidor para consumidor”)
O C2C refere-se a transações entre consumidores. Esse modelo ganhou popularidade com o surgimento de plataformas de marketplace e leilão online, como eBay e OLX.
No contexto do e-business, o C2C permite que indivíduos vendam produtos e serviços diretamente a outros consumidores utilizando plataformas digitais que facilitam a transação.
Fornecem mecanismos de pagamento seguros e garantem a confiabilidade entre as partes envolvidas.
B2E (Business to Employee, ou “de empresa para contratado”)
Esta modalidade é voltada para dentro das empresas, uma vez que trata do relacionamento entre a empresa e seus funcionários.
Alguns exemplos podem ser a oferta de benefícios e descontos aos funcionários, os meios de comunicação adotados entre estas duas partes ou a oferta do mesmo serviço oferecido a empresa para seus contratados.
Um bom objetivo do B2E costuma ser o de fortalecer o relacionamento entre a empresa e seus colaboradores, aumentando a satisfação e o engajamento dos funcionários.
G2B (Government to Business, ou “do governo para empresa”)
O modelo G2B refere-se às transações comerciais entre entidades governamentais e empresas.
Isso pode incluir licitações governamentais para aquisição de bens e serviços.
Concessão de contratos governamentais para empresas privadas, ou fornecimento de informações e recursos por parte do governo para apoiar as operações comerciais das empresas.
As transações G2B podem abranger uma variedade de setores, desde fornecedores de tecnologia da informação.
Até empresas de construção civil que participam de projetos governamentais de infraestrutura.
O objetivo do G2B é promover a colaboração entre o setor público e o setor privado, facilitando o fornecimento de produtos e serviços essenciais para o funcionamento eficiente da sociedade.
B2B2C (Business to Business to Consumer, ou “de empresa para empresa para consumidor”)
O modelo B2B2C envolve transações comerciais que começam entre empresas (B2B) e terminam com a entrega de produtos ou serviços para os consumidores finais (B2C).
Isso ocorre quando uma empresa vende seus produtos ou serviços para outra empresa, que por sua vez os revende ou os utiliza como parte de seus próprios produtos ou serviços oferecidos aos consumidores.
Um exemplo comum de B2B2C é quando um fabricante de roupas vende seus produtos para uma loja de varejo, que os revende para os consumidores finais.
Nesse caso, a transação inicial ocorre entre empresas (B2B), mas o produto final chega aos consumidores através da loja de varejo (B2C).
Este modelo de negócio cria uma cadeia de valor que envolve múltiplos estágios e parceiros comerciais, cada um contribuindo para o fornecimento final do produto ou serviço ao consumidor.
Como é de se imaginar, estas não são as únicas modalidades.
Porém, ao entendê-las e principalmente ao entender o significado das siglas B (Business/Empresa/Negócio), G (Governo), C (consumidor) e E (contratado), já é possível deduzir e compreender qualquer outra sigla do gênero que possa aparecer no seu cotidiano empreendedor.
Veja mais aqui: B2B, B2C e D2C: vantagens e desafios desses modelos de negócios
E-business: suas características e benefícios
Além de possuir diferentes modalidades, existem também diversas estruturas e características que fazem com que o negócio online seja estruturado eficientemente e prospere.
Sendo assim, a seguir entenderemos melhor como um e-business é estruturado e quais são seus principais benefícios.
Qual é a estrutura do e-business?
A estrutura do e-business é composta por vários componentes interconectados que permitem a automação e otimização de processos empresariais.
Essas componentes podem incluir:
- E-commerce: refere-se às plataformas e ferramentas utilizadas para vender produtos e serviços online. Isso inclui lojas virtuais, carrinhos de compras, gateways de pagamento e sistemas de gerenciamento de pedidos.
- Inteligência de Negócios (BI): envolve a coleta, análise e interpretação de dados empresariais para apoiar a tomada de decisões estratégicas. Ferramentas de BI ajudam as empresas a entender tendências de mercado, comportamento do consumidor e desempenho financeiro.
- Procurement: processos de aquisição de bens e serviços que são facilitados por plataformas digitais. Isso inclui a gestão de fornecedores, requisições de compras, e processamento de pagamentos.
- Gestão da Cadeia de Suprimentos (SCM): coordenação de todas as atividades envolvidas na produção, transporte e entrega de produtos. Sistemas SCM ajudam a otimizar inventários, reduzir custos de logística e melhorar a eficiência operacional.
- Sistemas de Gestão Empresarial (ERP): integram todas as funções empresariais, como contabilidade, recursos humanos, produção e vendas, em um único sistema de software. Isso por sua vez facilita a comunicação e colaboração entre diferentes departamentos.
- Gestão de Relacionamento com o Cliente (CRM): ferramentas e estratégias utilizadas para gerenciar interações com clientes atuais e potenciais. Sistemas de CRM ajudam a melhorar a satisfação do cliente, aumentar a retenção e impulsionar as vendas.
Benefícios do e-business
Além de compreender a estrutura, é importante também que você compreenda os principais benefícios de um e-business.
Para que você possa compreender seu negócio em sua totalidade.
Sendo assim, entre os principais benefícios, podemos citar:
- Eficiência operacional: a automação de processos é uma das maiores vantagens do e-business. Ao utilizar sistemas digitais para gerenciar tarefas e operações, as empresas podem reduzir a dependência de intervenção manual. Isso não apenas diminui a incidência de erros, mas também acelera o ritmo das operações, resultando em um fluxo de trabalho muito mais suave e eficiente.
- Redução de custos: a digitalização de processos não apenas torna as operações mais eficientes, mas também pode levar a economias significativas de custos. Ao eliminar papelada desnecessária, reduzir o uso de recursos físicos e otimizar o uso de energia, as empresas podem economizar em termos de custos operacionais e administrativos, aumentando assim sua rentabilidade.
- Melhoria na tomada de decisões: o e-business fornece acesso a uma variedade de ferramentas de Business Intelligence (BI) e análises avançadas. Essas ferramentas coletam e analisam dados em tempo real, fornecendo informações importantes sobre o desempenho operacional, comportamento na jornada do cliente, tendências de varejo e muito mais. Com essas informações, as empresas podem formular estratégias empresariais mais informadas e tomar decisões mais assertivas.
- Acesso a novos mercados: uma das maiores vantagens do e-business é sua capacidade de eliminar barreiras geográficas. As plataformas digitais permitem que empresas alcancem consumidores e parceiros comerciais em diferentes regiões do mundo, expandindo assim seu alcance e oportunidades de negócios.
- Experiência do cliente aprimorada: com a utilização de sistemas de Customer Relationship Management (CRM) e plataformas de e-commerce, as empresas podem oferecer uma experiência de compra mais personalizada e satisfatória aos clientes. Desde recomendações de produtos até ofertas personalizadas e suporte ao cliente em tempo real, o e-business permite que as empresas construam relacionamentos mais fortes e duradouros com seus clientes.
- Flexibilidade e escalabilidade: o e-business oferece flexibilidade e escalabilidade incomparáveis. As empresas podem facilmente adaptar suas operações em resposta às mudanças do mercado, lançando novos produtos ou serviços rapidamente e ajustando suas estratégias conforme necessário. Além disso, a infraestrutura digital permite que as empresas dimensionem suas atividades conforme a demanda, garantindo que possam lidar com o seu crescimento sem problemas operacionais.
Etapas para desenvolver uma estratégia e-business
Finalmente, após compreender a fundo o que é e como funciona um e-business, vamos destrinchar etapa por etapa como você pode desenvolver uma estratégia eficiente para seu e-business.
1. Definição dos objetivos:
Esta etapa é crucial para estabelecer a direção do seu e-business.
Os objetivos podem variar significativamente dependendo da natureza da empresa e de suas metas específicas.
Por exemplo, os objetivos podem incluir a expansão para novos mercados, o aumento da receita, a melhoria da experiência do cliente ou a otimização dos processos internos.
É essencial que os objetivos sejam muito bem pensados, e para isso, você pode defini-los pensando em quão específicos, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e temporais eles são.
Por exemplo, um objetivo específico poderia ser aumentar as vendas online em 20% nos próximos seis meses.
2. Criação do plano de negócio:
Esta etapa envolve a elaboração de um plano detalhado que define como os objetivos serão alcançados.
Isso inclui uma análise minuciosa do mercado, identificando oportunidades e ameaças, bem como uma análise SWOT para avaliar as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças da empresa.
O plano de negócios também deve delinear as estratégias específicas a serem adotadas, os recursos necessários, o orçamento disponível e os prazos para a implementação.
Isso proporciona uma visão abrangente de como o e-business será desenvolvido e implementado.
3. Implementação do projeto:
Nesta fase, o plano de negócios é colocado em ação. Isso pode envolver a escolha e configuração das tecnologias apropriadas.
Como plataformas de e-commerce, sistemas de gerenciamento de relacionamento com o cliente (CRM) e sistemas de gestão empresarial (ERP).
Além disso, a implementação inclui a formação de equipes de trabalho, o estabelecimento de processos e fluxos de trabalho eficientes e a integração de sistemas para garantir uma operação harmoniosa e eficaz do e-business.
4. Mensuração dos resultados:
Uma vez que o e-business esteja operacional, é crucial medir e avaliar os resultados.
Isso geralmente é feito por meio de indicadores-chave de desempenho (KPIs) que refletem o progresso em relação aos objetivos estabelecidos.
A mensuração contínua dos resultados permite identificar áreas de sucesso e oportunidades de melhoria.
Com base nessas informações, ajustes podem ser feitos para otimizar o desempenho do e-business e garantir que ele continue a agregar valor à empresa.
Manutenção de um e-business a longo prazo
O e-business é uma abordagem estratégica abrangente que vai além das simples transações online, envolvendo uma série de processos e tecnologias que podem transformar a maneira como as empresas operam.
Com uma estratégia bem desenvolvida e implementada, as empresas podem obter eficiência operacional, reduzir custos, melhorar a satisfação do cliente e ganhar vantagem competitiva em um mercado cada vez mais digitalizado.
Sendo assim, a melhor forma para avançar e obter sucesso no seu negócio digital sempre será a partir da obtenção de novos conhecimentos e na valorização das novidades tecnológicas que surgem no mercado.
Afinal e contas, se tratando de um negócio online, não é possível crescer sem evoluir junto com a internet. Pense nas novidades que surgiram nos últimos anos, como o PIX, a inteligência artificial ou as novas tendências do marketing digital.
No final do dia, quem cresce seu e-business é quem costuma não oferecer muita resistência a essas mudanças, apostando nelas assim que surgem e se tornando referência no mercado.
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