Hoje, o mercado chinês é uma grande fonte de inspiração para o mercado brasileiro. Precisamos voltar nossos olhares para este modelo e, cada vez mais, ajudar nossos empreendedores a criar negócios e a prosperar através da tecnologia.
Ascensão de PMEs
O e-commerce brasileiro tem sido um dos temas mais discutidos nos últimos anos, principalmente após a pandemia, quando as compras online passaram a fazer parte da rotina do consumidor.
De acordo com a Jornada de Compra Digital nas Pequenas e Médias Empresas, pesquisa realizada pela Locaweb, 45% das pessoas compram mais de grandes empresas. Porém, essa realidade tem mudado cada vez mais, pois 41% dos consumidores começaram a comprar pela internet de pequenas e médias empresas neste último ano.
O fato é que ainda há muitas pessoas imaginando que a tecnologia é um aspecto automaticamente associado a grandes projetos e perspectivas de desenvolvimento, como a ideia do metaverso, por exemplo.
Exemplo chinês
Na realidade, o que parece ser novidade para o mercado brasileiro, já é uma realidade bem consolidada em outras partes do mundo, o que serve de inspiração e referência para o aprimoramento das plataformas e da relação de empreendedores com o ambiente digital.
Neste contexto, é fundamental entender que, cada vez mais, a inovação de verdade já está ao nosso alcance e, literalmente, na palma de nossas mãos por meio de celulares, tablets e computadores de uso cotidiano.
A China, por exemplo, iniciou a alavancagem de seu comércio eletrônico no início da década de 2000, motivada em grande parte pelo impacto do SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave) na sociedade e na economia chinesa.
Quando a epidemia eclodiu, o e-commerce deu um grande salto, modificando hábitos de consumo de toda uma população. Em 2021, o país se tornou o primeiro a realizar mais vendas online que físicas, o que dá a dimensão de como o e-commerce foi amplamente assimilado e incorporado na cultura de seus habitantes.
Tecnologia e futuro do varejo
O uso massivo de alguns recursos tecnológicos, como o QR Code em diversas etapas da jornada de compra, permite que os chineses usufruam de muitos benefícios e proporcionam uma experiência de compra ainda mais eficiente, seja online ou presencial.
Além disso, a popularização de influenciadores digitais nas estratégias de Social Commerce e Live Commerce, incentivam cada vez mais que marcas apareçam nas mídias sociais e ganham relevância, de forma descontraída, carismática e potencialmente grandiosa.
Para o empreendedor brasileiro, a inspiração no sucesso do e-commerce chinês pode e deve ser combinada com as ferramentas e a cultura de consumo que encontramos em cada região, estado, cidade e bairro brasileiro.
Com a integração cada vez maior entre as estratégias de venda, não haverá, em um futuro próximo, a distinção entre varejo online e offline, e sim apenas um único conceito de varejo, capaz de contemplar o desejo por crescimento nas vendas de um lado e o desejo de boas experiências de compras do outro.