A gestão de estoque é uma atividade essencial para qualquer empresa que trabalha com produtos físicos. Não à toa, já abordamos este tema algumas vezes aqui no blog.
No entanto, um dos maiores desafios enfrentados por gestores de estoque é o estoque inativo, também conhecido como estoque ocioso ou estoque morto.
Este problema pode gerar diversos prejuízos financeiros e operacionais para a empresa.
Sendo assim, neste texto vamos explorar o que é o estoque inativo, as causas mais comuns desse problema, os impactos negativos que ele pode ter, e como as empresas podem gerenciar e evitar o seu acúmulo.
O que é estoque inativo ou osioso?
Como o próprio nome já adianta, o estoque inativo refere-se a produtos que permanecem armazenados por um longo período sem serem vendidos ou utilizados.
Esses itens não apresentam movimentação significativa no inventário, o que significa que não estão contribuindo para o fluxo de caixa da empresa.
O estoque inativo pode resultar de diversos fatores, incluindo falhas na previsão de demanda, excesso de compras ou produção, ou mudanças no mercado que tornem os produtos obsoletos.
O termo “estoque ocioso” é frequentemente usado como sinônimo de estoque inativo, destacando o fato de que esses produtos estão “parados” no inventário, sem gerar qualquer valor.
Já o “estoque morto” é um termo mais severo, sugerindo que esses itens são completamente inúteis e não têm mais chance de serem vendidos.
Diferença entre estoque inativo e estoque ativo
Para entender melhor o conceito de estoque inativo, é importante diferenciá-lo do seu oposto, o estoque ativo.
O estoque ativo consiste em produtos que têm alta rotatividade, ou seja, que são constantemente vendidos ou utilizados.
Esses itens são essenciais para o atendimento da demanda dos clientes e contribuem diretamente para o lucro da empresa.
Em contraste, o estoque inativo é composto por produtos que não têm essa mesma movimentação frequente.
Enquanto o estoque ativo é um sinal de uma cadeia de suprimentos saudável e eficiente, o estoque inativo representa um problema que pode indicar ineficiências e falhas na gestão de inventário.
Causas comuns de estoque inativo
Vários fatores podem contribuir para a acumulação de estoque inativo.
E para te ajudar a entender o que está acontecendo na sua empresa, ou até mesmo prevenir que isso ocorra, vamos abaixo explorar algumas das causas mais comuns.
Produtos obsoletos ou fora de moda
A obsolescência é uma das principais causas de estoque inativo.
Produtos que eram populares em um determinado período podem perder relevância com o tempo devido a mudanças nas tendências do mercado ou avanços tecnológicos.
Um exemplo claro é o setor de eletrônicos, onde novos modelos de dispositivos são lançados frequentemente, tornando os modelos anteriores obsoletos rapidamente.
Erros de previsão de demanda
A previsão de demanda é uma parte crucial da gestão de estoques.
No entanto, prever com precisão a demanda futura pode ser desafiador.
Erros de previsão podem resultar em excesso de estoque de produtos que não têm demanda suficiente.
Isso é comum em empresas que lançam novos produtos sem uma análise de mercado adequada, resultando na formação de um estoque inativo.
Excesso de compras ou produção
Quando uma empresa compra ou produz mais produtos do que realmente precisa, o excesso acaba se transformando em estoque inativo.
Isso pode ocorrer devido a práticas de compra em grandes quantidades para obter descontos por volume ou devido a uma produção que não está alinhada com a demanda real do mercado.
Produtos defeituosos ou de baixa qualidade
Produtos que apresentam defeitos ou que não atendem aos padrões de qualidade podem ser rejeitados pelos consumidores, resultando em estoque inativo.
Além disso, itens de baixa qualidade podem ter uma rotatividade menor, contribuindo para o seu acúmulo no estoque.
Quais os problemas gerados pelo estoque inativo?
Como é de se imaginar, o estoque inativo pode provocar diversos problemas para uma empresa. Dessa forma, vamos detalhar os principais impactos negativos que ele pode causar:
Custos de armazenamento e manutenção
Manter um grande volume de estoque inativo pode gerar custos significativos de armazenamento.
Esses custos incluem aluguel de espaço, utilidades, seguro e pessoal para gerenciar o inventário.
Além disso, itens armazenados por longos períodos podem exigir manutenção, aumentando ainda mais os custos.
Perda por capital imobilizado
O estoque inativo representa capital que está imobilizado, ou seja, que não está gerando retorno.
Esse capital poderia ser utilizado em outras áreas da empresa, como investimentos em novos produtos, marketing ou expansão dos negócios.
A perda de capital imobilizado pode restringir a capacidade de crescimento e inovação da empresa.
Redução de espaço disponível para novos produtos
Estoque inativo ocupa espaço valioso que poderia ser utilizado para armazenar novos produtos com maior potencial de venda.
A falta de espaço pode limitar a capacidade da empresa de introduzir novos itens no mercado, impactando negativamente a competitividade e a capacidade de responder rapidamente às mudanças nas demandas dos consumidores.
Risco de obsolescência e deterioração
Produtos armazenados por longos períodos correm o risco de se tornarem obsoletos ou de se deteriorarem, especialmente se forem itens perecíveis.
A obsolescência pode tornar os produtos completamente inutilizáveis, resultando em perdas financeiras significativas.
Métodos para gerenciar e reduzir estoque inativo
Caso você tenha percebido com as seções acima que seu negócio está contando com um estoque inativo, não precisa se desesperar.
Existem várias estratégias que as empresas podem adotar para gerenciar e reduzir o estoque inativo, e a seguir, vamos destrinchar as principais para você!
Revisão regular do inventário
A revisão regular do inventário permite identificar itens que estão se tornando inativos antes que eles se tornem um problema maior.
Essa prática envolve a análise constante dos níveis de estoque e da rotatividade dos produtos, permitindo que a empresa tome medidas proativas para liquidar ou redistribuir itens com baixa demanda.
Promoções e descontos para liquidar estoque inativo
Oferecer promoções e descontos é uma maneira eficaz de liquidar estoque inativo.
Reduzir os preços pode atrair consumidores que de outra forma não comprariam esses produtos, ajudando a empresa a recuperar parte do capital imobilizado e a liberar espaço de armazenamento.
Por mais que realizar promoções o tempo todo não seja uma estratégia interessante, de tempos em tempos pode ser uma estratégia bem vinda para o seu negócio e para a gestão de seu estoque.
Devolução ao fornecedor, quando possível
Em alguns casos, pode ser possível devolver produtos inativos aos fornecedores. Isso é especialmente viável se houver um acordo prévio que permita devoluções de itens não vendidos.
Embora essa opção possa não estar disponível para todos os produtos, é uma maneira eficaz de reduzir o estoque inativo sem incorrer em perdas significativas.
Doação ou reciclagem de produtos inativos
Quando os produtos não podem ser vendidos ou devolvidos, a doação ou reciclagem pode ser uma alternativa viável.
Doar produtos para instituições de caridade pode não só ajudar a reduzir o estoque inativo, mas também melhorar a imagem da empresa e contribuir para causas sociais.
A reciclagem de produtos pode recuperar materiais valiosos e reduzir o impacto ambiental.
Estratégias de prevenção de estoque inativo
Além de gerenciar o estoque inativo existente, é crucial adotar estratégias para prevenir o acúmulo de estoque inativo no futuro.
Afinal, idealmente, o mais interessante é que este tipo de estoque nem mesmo surja na sua loja.
Dessa forma, vamos dividir com você as principais estratégias que podem ser utilizadas para prevenir a imobilização de peças no seu comércio.
Melhoria na previsão de demanda
Investir em técnicas avançadas de previsão de demanda pode ajudar a empresa a alinhar melhor a produção e as compras com as necessidades do mercado.
Para isso, ferramentas de análise de dados e modelos preditivos podem fornecer informações mais precisas sobre as tendências de consumo, reduzindo o risco de excesso de estoque.
Implementação de políticas de reabastecimento mais eficientes
Políticas de reabastecimento eficientes, como a reposição contínua e a revisão periódica dos níveis de estoque, podem ajudar a manter o equilíbrio entre oferta e demanda.
Essas políticas garantem que a empresa reabasteça apenas os produtos necessários, evitando o acúmulo de itens que poderiam se tornar inativos.
Utilização de análise de dados para decisões de compras mais precisas
A análise de dados pode fornecer informações valiosas sobre os padrões de compra e comportamento dos consumidores.
Utilizar esses dados para tomar decisões de compra mais informadas pode reduzir o risco de adquirir produtos que se tornarão inativos.
Ferramentas de Business Intelligence (BI) e sistemas de gestão de inventário podem ser particularmente úteis nesse aspecto.
Adoção de práticas de gestão de inventário just in time (JIT)
A gestão de inventário Just in Time (JIT) é uma abordagem que visa minimizar os níveis de estoque ao sincronizar a produção e a entrega de materiais com a demanda imediata.
Essa prática pode reduzir significativamente o risco de estoque inativo, pois os produtos são fabricados ou adquiridos apenas quando são necessários.
O que é rotação de estoque e o que isso tem a ver com estoque inativo
A rotação de estoque é uma prática que visa garantir que haja uma ordem de vendas entre os produtos mais novos e mais antigos de um estoque.
Isso é essencial para minimizar o risco de estoque inativo, especialmente para itens perecíveis ou que podem se tornar obsoletos rapidamente.
Estratégias de rotação de estoque, como o FIFO (First In, First Out) e o LIFO (Last In, First Out), são técnicas comuns para gerenciar a ordem de saída dos produtos do inventário.
No método FIFO, os produtos mais antigos são vendidos primeiro, enquanto no método LIFO, os produtos mais novos são os primeiros a sair.
A escolha do método depende do tipo de produto e das necessidades específicas da empresa.
O método FIFO é amplamente utilizado para produtos perecíveis e itens que têm um ciclo de vida curto, garantindo que os produtos mais antigos sejam vendidos antes de se deteriorarem ou se tornarem obsoletos.
Já o método LIFO pode ser útil em situações onde os preços de aquisição dos produtos variam significativamente ao longo do tempo, embora não seja tão comum quanto o FIFO devido às suas limitações práticas e fiscais.
Como é possível identificar o Estoque Inativo
Identificar o estoque inativo é uma etapa crucial para sua gestão eficaz. Existem várias métricas e indicadores que podem ajudar as empresas a detectar produtos que estão se tornando inativos.
Indicadores e métricas para identificar estoque inativo
Uma das principais métricas para identificar estoque inativo é o tempo sem movimentação, que mede o período em que um produto permanece no inventário sem qualquer venda ou uso.
Outros indicadores incluem a taxa de rotatividade de estoque, que avalia a frequência com que os produtos são vendidos e substituídos, e a análise ABC, que classifica os produtos com base em sua importância e contribuição para o lucro.
Ferramentas e sistemas de gestão de estoque para monitorar a atividade dos produtos
Sistemas de gestão de estoque (SGIs) são ferramentas essenciais para monitorar e controlar os níveis de estoque.
Esses sistemas permitem rastrear a movimentação dos produtos, identificar padrões de vendas e prever necessidades futuras.
Além disso, tecnologias como a Internet das Coisas (IoT) e a automação podem fornecer dados em tempo real sobre a condição e a localização dos produtos, facilitando a identificação precoce de estoque inativo.
Em conclusão, o estoque inativo é um desafio significativo para as empresas, mas pode ser gerenciado e prevenido com a adoção de práticas eficazes de gestão de inventário.
Ao compreender as causas e os impactos do estoque inativo, e ao implementar estratégias de rotação de estoque e previsão de demanda, as empresas podem minimizar os custos e maximizar a eficiência operacional.
Esperamos que este texto tenha te ajudado a entender melhor o que é e como lidar com o estoque inativo.
Para aprender ainda mais sobre assuntos pertinentes ao mundo do e-commerce, dê uma olhada nos outros textos que já foram publicados aqui no nosso blog!
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