Diferenciar as modalidades de pagamento é uma ótima solução para negócios que pretendem expandir as vendas e garantir uma boa experiência para os clientes.
E uma das alternativas é o boleto registrado, que oferece praticidade e segurança tanto para os empreendedores quanto para os clientes.
Há alguns anos, havia a possibilidade de escolher o tipo de boleto, sendo ele registrado ou não.
Entretanto, o boleto registrado se tornou a única modalidade de documento possível em 2018, quando a opção sem registro foi extinta.
A alteração teve como objetivo padronizar e centralizar a base de títulos nacionais, além de reduzir as possibilidades de golpes e fraudes.
Entender o conceito de boleto registrado, suas vantagens e como emiti-lo é extremamente relevante para organizar melhor as finanças e evitar fraudes envolvendo esse documento.
Continue a leitura e tire suas dúvidas sobre o assunto!
O que é boleto registrado?
Antes de tudo, precisamos entender o que é o boleto bancário. Consiste em um documento de cobrança com quitação em até três dias úteis.
Suas taxas tendem a ser menores do que as de operadoras de crédito, sendo uma modalidade de pagamento bastante usada entre os vendedores e compradores.
O boleto registrado, especificamente, é um documento que apresenta todas as informações básicas dos envolvidos no processo de cobrança (vendedor e comprador), assim como os dados da instituição financeira que validou a sua emissão.
Resumidamente, ele deve apresentar os seguintes dados:
- identificação do pagador e do emissor;
- CPF ou CNPJ de ambos;
- endereço completo;
- valor da transação;
- data de vencimento.
Esses fatores precisam ser incluídos no sistema pela instituição financeira responsável.
Assim, o título se torna mais seguro para as partes envolvidas: o consumidor, que sabe o valor correto do pagamento e a autenticidade da cobrança; e o vendedor, que pode cobrar pela venda com mais agilidade.
Mesmo com a ascensão de outras formas de pagamento, como o cartão de crédito, débito e PIX, muitos consumidores ainda usam o boleto bancário para realizar pagamentos, especialmente pela praticidade que ele proporciona.
Por esse motivo, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em 2018, determinou novas regras para emissão de boletos bancários, que se tornaram obrigatórios no país.
O processo de suspensão do boleto sem registro começou em 2015 e passou por muitas etapas até setembro de 2018, quando foi definitivamente extinto.
Isto é, atualmente, eles não estão mais disponíveis para emissão, e o motivo é bem simples: segurança.
Antes, o boleto tradicional não passava pelo sistema da instituição financeira para ser pago.
Dessa forma, o banco tinha conhecimento da emissão somente no pagamento, fazendo com que os bancos perdessem o controle sobre as operações.
Com isso, os boletos registrados permitem que a instituição financeira controle e rastreie os documentos gerados, contribuindo para a segurança dos registros.
Quais são os tipos de boletos registrados?
Basicamente, existem duas formas de registrar boleto. A seguir, explicaremos com mais detalhes quais são os tipos de boletos. Confira!
Instituição bancária
Nesta modalidade, você pode gerar o boleto e efetuar o despacho diretamente para a agência bancária desejada.
Ela terá todas as informações do título e do devedor, sendo necessário quitar o pagamento do documento em qualquer banco ou casa lotérica até a data do vencimento.
Após o período final, o pagamento deve ser feito somente nas agências em que o boleto foi emitido.
Câmara interbancária de pagamento (CIP)
Outro tipo de boleto é o registrado pela CIP (Câmara Interbancária de Pagamentos) — uma organização que controla o volume de transações e garante o funcionamento dos processos bancários.
O boleto CIP funciona de maneira integrada com o SPB (Sistema de Pagamentos Brasileiros) e conta com uma infraestrutura que atende a instituições financeiras, consórcios, cooperativas de crédito, entre outros.
Portanto, a diferença principal é que o boleto registrado, nessa situação, pode ser pago em qualquer banco, mesmo após o vencimento, com atualizações de valor, se forem necessárias.
Desse modo, a cobrança é gerada juntamente à FEBRABAN, que modernizou o processo de liquidação de boleto para proporcionar mais segurança.
Quais são as diferenças entre boleto registrado e não registrado?
De maneira simplificada, o boleto registrado tem uma identificação específica na instituição bancária a partir dos dados do emissor e pagador, o que possibilita seu rastreamento e evita fraudes.
Já o boleto sem registro não tem seus dados validados e não pode ser rastreado.
Especificamente, no boleto não registrado, as informações são apenas impressas no documento, e a empresa deve fazer a conferência manual do pagamento, o que pode levar mais tempo e gerar um processo burocrático maior.
Já no boleto registrado, todos os dados são automaticamente registrados no sistema bancário, o que oferece mais segurança e agilidade no processo de pagamento.
Por fim, o boleto registrado é uma opção mais prática e eficiente para as organizações, já que elas não precisam mais lidar com a burocracia de ter que enviar o arquivo de remessa e, após, conferir o retorno bancário.
Com o boleto registrado, tudo é feito automaticamente por meio de um sistema.
Quais são as vantagens de utilizar boleto registrado?
Agora que você já sabe o que é o boleto registrado, deu para perceber as diversas vantagens de utilizar essa modalidade de pagamento?
Para os e-commerces, por exemplo, o boleto registrado é indispensável e pode trazer muitos benefícios para os empreendedores, especialmente se o negócio contar com fornecedores que oferecem ótimas opções de plataformas de pagamentos online.
Isso demonstra que o negócio é sério, responsável e de confiança.
Confira, a seguir, as principais vantagens em utilizar o boleto registrado!
Segurança
Como já citamos, esse tipo de boleto traz mais informações de pagamento e, com isso, mais segurança para o negócio e o cliente.
Isso porque, com boletos registrados, a instituição financeira se responsabiliza pelo documento e, em qualquer caso de divergência, pode acionar o rastreamento para averiguar a autenticidade do título, o que torna mais difícil a ocorrência de fraudes e golpes.
Inclusão de informações
Sabemos que informações completas e validadas são obrigatórias.
Desse modo, caso aconteça uma tentativa de ação criminosa, a instituição financeira responsável por emitir o boleto será capaz de confrontar, de forma automática, os dados do beneficiário no documento e as informações da conta de destino para assegurar que são da mesma pessoa.
Com essa vantagem em vista, o boleto registrado traz mais tranquilidade para os envolvidos nas transações, já que pode evitar sérios transtornos às partes envolvidas.
Controle e transparência
Com o boleto registrado, o cliente consegue acompanhar o status do pagamento em tempo real, receber notificações quando o boleto é pago e até mesmo emitir uma segunda via, caso necessário.
Isso oferece mais controle financeiro e transparência para o consumidor.
Além disso, o boleto registrado ainda reduz os casos de inconsistências nos pagamentos, como falhas nos cálculos de multas e juros, quando aplicados.
No caso das empresas, por exemplo, usar uma plataforma de pagamentos facilita muito a emissão e o controle desses documentos, bem como a visualização dos valores já quitados e os que ainda estão em espera.
Cadastro de boleto como débito automático
Outra vantagem do boleto registrado é que ele pode ser cadastrado como débito automático.
Essa opção é bem aceita pelos clientes, que podem descomplicar o processo de pagamento.
Para os empreendedores, essa modalidade é ainda mais vantajosa, já que as chances de os clientes se esquecerem de pagar são bem menores, diminuindo, dessa forma, a quantidade de clientes inadimplentes.
Negociação de juros e multas
Outra vantagem do boleto registrado é a possibilidade de negociação de juros e multas em caso de atraso no pagamento.
Com os dados do cliente registrados no sistema, a empresa pode entrar em contato e oferecer opções de pagamento e negociação para evitar que ele fique inadimplente.
É válido destacar que, embora o boleto sem registro fosse mais econômico, seu cancelamento estimulou instituições financeiras a oferecerem outras condições mais atrativas, como taxas menores.
Nos dois casos, em geral, elas são inferiores às praticadas pelas operadoras de crédito.
Cobrança extrajudicial
Mesmo com os mecanismos de segurança dos boletos registrados, muitos consumidores acabam tendo problemas financeiros e não conseguem quitar a dívida do título.
Nesse caso, a companhia que emitiu o documento pode protestar o boleto em cartório, como último recurso de cobrança para evitar a inadimplência.
Vale lembrar que esse tipo de solução só é indicado quando as negociações amigáveis não dão certo.
Rastreabilidade do pagamento
Como mencionamos anteriormente, para o cliente, uma das vantagens é a possibilidade de rastrear o pagamento.
Ou seja, verificar com a instituição financeira se o boleto já foi pago e, dessa maneira, evitar o problema da duplicidade de pagamento.
É relevante destacar que, nesse caso, só haverá tarifação sobre aqueles que foram realmente pagos pelos clientes. Sem contar que fica muito simples conferir os recebimentos e mapear de onde veio cada valor.
Praticidade e eficiência
Por fim, o boleto registrado é uma opção mais prática e eficiente para as empresas, já que elas não precisam mais lidar com a burocracia de ter que enviar o arquivo de remessa e, após, conferir o retorno bancário.
Com ele, tudo é feito automaticamente por meio de um sistema.
Além disso, com o objetivo de oferecer mais praticidade a todos, os boletos registrados possibilitam efetuar o cadastro em débito automático.
Assim, os consumidores possuem menor taxa de inadimplência, uma vez que os pagamentos podem acontecer de forma automática.
Como emitir boleto registrado na prática?
Atualmente, é possível emitir os boletos registrados por intermédio de uma instituição financeira ou um sistema de pagamentos.
As duas maneiras fixam as informações junto a um banco, registrando o documento e garantindo a segurança.
Porém, nas duas opções, é preciso preencher todos os dados do pagador e do emissor, como nome completo, CPF ou CNPJ, endereço completo com CEP, além de informações do próprio documento: tipos de serviços ou produtos, valor da transação, data de vencimento e configuração de multas e juros.
Essas informações são essenciais para gerar boletos registrados.
Embora esse processo aconteça instantaneamente, sem que outro procedimento seja necessário, às vezes, o cliente precisa esperar a sequência para realizar o pagamento.
Sendo assim, basta que ele passe seus dados, solicite o boleto e aguarde a aprovação para pagá-lo.
Se você escolher emitir o boleto pelo banco, precisa ter uma conta corrente e determinar um contrato com o estabelecimento, para ter acesso a esse recurso.
Geralmente, a instituição cobra uma taxa por boleto gerado e valores extras por outros serviços, como modificação de informações ou cancelamento.
É importante destacar que, para ter certeza se um boleto foi realmente registrado, é necessário ficar atento a alguns fatores, como:
- observe o código de barras: lembre-se de que a sequência que aparece na parte de cima do título deve ser a mesma visualizada na parte inferior. Além disso, os três primeiros números representam o código de quem o emitiu;
- verifique como o boleto foi recebido: desconfie caso receba um boleto por mensagem de WhatsApp de número desconhecido, por exemplo. Esses títulos são fornecidos somente por meio dos canais oficiais da empresa que realizou a sua emissão;
- analise as informações: muitas vezes, um boleto não registrado apresenta informações incorretas, tanto em relação aos números dos documentos como ao valor de pagamento. Portanto, é necessário ler o documento com calma, assim que o receber.
De modo geral, qualquer empresa ou pessoa física pode emitir o boleto registrado, porque o processo é simples e acessível.
No entanto, com a evolução das plataformas de pagamento online e soluções em sistemas para realização de cobranças, o controle de emissão de boleto já é automaticamente implementado, e o emissor só se preocupa em expedir o documento.
No próximo tópico, explicaremos melhor sobre os sistema para gerar boletos.
Por que automatizar a emissão do boleto?
Imagina emitir centenas de boletos e links de pagamento manualmente e realizar a cobrança de cada pagamento para cada cliente individualmente?
Não há dúvida de que é um processo bastante trabalhoso e complexo. Isso pode, inclusive, aumentar a quantidade de inadimplentes e prejudicar o fluxo de caixa.
Esse processo feito de forma manual acaba deixando passar algumas incoerências, além de abrir possibilidade de realização indevida de cobranças ou números incompatíveis no final do mês.
Por isso, um sistema de automatização de boletos é uma solução eficiente e prática para gerir os pagamentos do negócio.
Para empresas que atuam com um grande número de transações, o mais indicado é utilizar uma plataforma de gestão que automatiza todos os pagamentos online.
Afinal, com essas plataformas, a cobrança se torna fácil e intuitiva.
Normalmente, esses sistemas funcionam de forma menos burocrática que o banco e com a mesma segurança. Além disso, eles permitem a personalização, a definição de juros e multas e o envio do boleto.
Então, se você busca praticidade e economia, vale a pena considerar essa opção.
Vale lembrar que utilizar plataformas de pagamentos facilita bastante a emissão e o controle dos boletos, assim como a visualização dos valores já quitados e os que ainda estão em espera, sobretudo se houver cobranças recorrentes.
Assim, a plataforma pode agendar as cobranças, não sendo necessário o emissor realizar a configuração sempre que a operação precisa ser feita.
Como escolher um sistema para gerar boletos?
Para facilitar a vida dos empreendedores, existem diversos sistemas capazes de gerar boletos registrados de forma simples, rápida e, claro, automática.
Nesse caso, a plataforma ideal para o seu negócio é aquela capaz de otimizar seus processos de cobrança, impactando positivamente tanto na gestão do seu tempo quanto na produtividade dos colaboradores.
Portanto, nossa dica para você escolher o melhor sistema para gerar boletos é, primeiramente, fazer um levantamento do trabalho manual que a sua empresa realiza e quanto isso representa em valor para as operações do negócio.
O mais importante: busque uma ferramenta que ajude você a eliminar as atividades burocráticas e administrativas, como manipulação de documentos, planilhas, conciliação bancária, entre outras.
Isso permite que os colaboradores foquem no que realmente importa.
Além disso, procure um sistema confiável, pesquise a satisfação de outros usuários diante daquela ferramenta e, em seguida, analise se ela será capaz de suprir as necessidades da sua empresa e se oferece soluções práticas. Podemos dizer, de forma resumida, que um bom sistema deve oferecer:
- segurança ao gerar os boletos registrados;
- taxa zero para cancelamentos, mudanças de informações e manutenção de títulos atrasados;
- taxa justa por cada boleto gerado;
- praticidade na hora de emitir o documento, como clientes cadastrados e documentos automáticos, para você ou sua empresa não perder tempo.
É necessário destacar que, quando você usa uma plataforma de pagamentos para emissão dos boletos, é ela que aparece como a emissora, e não a empresa.
Ela também é a responsável por receber do banco a liquidação do valor pago e, então, repassá-lo para o lojista.
Portanto, utilizar uma plataforma de pagamentos é, sem dúvida, a forma mais simples e prática para emitir um boleto registrado.
Com o sistema ideal, os empreendedores não precisam ficar por conta das normas rigorosas de alguns bancos.
Como você pôde ver, o boleto ainda é uma forma de pagamento muito utilizada hoje em dia, mesmo com a diversificação dos meios.
E o boleto registrado, especificamente, passou a ser o modelo padrão porque é mais completo e permite um controle mais eficiente das transações comerciais.
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